Novidade

Este blogue mudou-se. Está agora no facebook. Um dia voltará a viver no blogger, numa casa nova e moderna. Até lá, boas novelas!
Para TODOS os fãs de telenovelas Brasileiras e Portuguesas espalhados pelo mundo.
Portuguese blog about Brasilian/Portuguese tv soaps for fans all over the world.

email desactivado por google devido a spam
alternativa: novelas para recordar npr arroba gmail.com

sábado, 27 de outubro de 2007

Barriga de Aluguel - maternidade e família. O que é isso?

Em 1991 foi para o ar aquela que foi até hoje a novela que mais apreciei escrita por Glória Perez: Barriga de Aluguel. A trama consiste numa mulher, Ana (Cássia Kiss) que quer muito ter um filho biológico. Incapacitada, decide recorrer, através da clínica e do médico Baronni (Adriano Reis) à inseminação do seu óvulo no útero de uma outra mulher (Claúdia Abreu).

Passados tantos anos, será que alguém ainda duvida que o filho fosse de Ana? Mesmo durante a exibição da polémica novela, em que as opiniões se dividiram no Brasil, ocorreu um sinal de como a questão ia ser encarada futuramente: surgiram muitos anúncios nos jornais para barrigas de Aluguer.

Actualmente, nos EUA principalmente, há quem faça disso um modo de vida. Existem mulheres que se dizem felizes e complectas ao passar de gravidez em gravidez de crianças que depois dão aos casais que as encomendaram. É claro que nesse país, ao contrário do que acontece aqui no Portugaleco, elas são pagas. Será que é isso que as leva à generosidade?

Faço um aparte por este assunto tocar num aspecto que fere a minha sensibilidade: tanto o homem, como a mulher, contribuiem para a reprodução humana de outrém. Mas enquanto ao homem basta-lhe um momento de ejeculação que depois transporta num copito, a mulher tem de se submeter a tratamentos dolorosos, prolongados, levar injecções, tomar drogas... e se fôr para retirar uns óvulos, podem imaginar que o procedimento cirúrgico, não é agradável. No entanto, pede-se à mulher que o faça apenas pela sua generosidade maternal, enquanto que o homem, durante décadas, fez o seu contributo "generoso paternal" em alguns casos com bastante frequência individual, a troco de dinheiro. É conhecido que muitos suportaram suas despesas surperflúas com doações de sémem. Um só homem deve ser pai de mais de 100 crianças "generosamente" doadas a um banco de esperma a troco de dinheiro para o carro, os estudos, a renda da casa, uma viagem ou uns copitos no bar. Crianças estas que, em tanto número, podem se encontrar na vida, se envolverem e assim praticarem incesto sem o saberem, sem conhecerem o risco de gerar uma criança. A estes gananciosos homens, com uma perspectiva prática e fria, deram dinheiro. Há mulher, que passa por um procedimento em que realmente SENTE no corpo DOR, que o faça de graça. Também não sou tão a favor disso. Há limites!

Ora cá fica um excelente tema para ser abordado pela constante autora de assuntos relaccionados com a maternidade, Glória Perez. A tecnologia trouxe-nos esta maravilha de, a partir de agora, uma grávida não carregar um filho biológico e não se saber se se namora irmãos. Olha o sucesso!

No novela, a personagem "Clara" mexia com meus nervos. Era agressiva, colocava-se numa posição de vítima, e usava as pessoas à sua volta, que só faziam era se envolverem nos seus problemas. Também era um tanto estúpida, como muitas vezes jovens idealistas com muita fantasia na cabeça, sabem ser.

Confesso que a detestei. Mas não era só por isso que tinha uma tendência por Ana. A minha razão legitimava o acto. O bebé tinha o sangue dos pais nas veias. Teria as suas feições e ainda por cima, a sua hereditariedade: doenças, tiques e maneirismos. Não há como negar. Agora, os laços de parentesco perdem valor se os pais que têm filhos não sabem respeitar uma criança. Aí não há afecto, não interessa a biologia.

"Ana" tinha também o meu "voto", por ter sido brilhantemente interpretada por Cássia Kiss. Afecto não lhe faltava. Passava um sofrimento enorme através do ecran, e a sua revolta com a situação fazia sentido. Além de tudo, o marido acaba por a abandonar para ficar com a outra! Que dose! E depois quer adoptar uma menina, coisa que Ana não é emocionalmente capaz de fazer até resolver a questão de seu filho legítimo.

QUAL O CONCEITO DE FAMÍLIA?
Ao longo dos tempos, crianças têm sido criadas por terceiros. Quantas vezes não se escutou a frase: "eu sou filha de X, mas a Y é que me criou. Ela é como se fosse minha mãe". Muito mais comum nos tempos de pobreza e pouco desenvolvimento industrial, mas prática habitual. As crianças viajavam de casa de parente em casa de parente, ás vezes para viver por uns tempos, acabando por ter um contacto mais reduzido com os progenitores. Existia um conceito de "família" mais alargado. Hoje tudo é mais individualista e monoparental. As crianças vivem até a idade adulta com os pais, muitas vezes sem oportunidades de períodos de afastamento, o que não é tão saudável. E os pais, com ou sem consciência, acabam por colocar os filhos o dia todo na escola, depois em alguma actividade extra-curricular, só depois vão todos para casa, onde não há tempo para conversar, põem os miúdos em frente da televisão, estão ocupados com o jantar para ter paciência para lhes dar atenção quandos estes não querem a TV, querem a mãe ou o pai. Enfiam a comida goela a baixo para se certificarem que cuidam dos seus, cinco minutos de liberdade, e cama. Aos fins de semana, desesperam por ter um (1) filho a pedir constante atenção e revezam-se, pai e mãe, em separado. Isto quando já não estão separados.

O conceito de "família" não foi por isso, sempre aquilo que pensamos que foi e deve ser. Existem muitas variações e acredito que mais virão, com filhos de homossexuais ou bissexuais, gerados com a única finalidade de serem um veículo de amor que, convenhamos, é o que uma criança precisa. Já temos uma geração em massa de crianças de pais divorciados e infelismente, muitas e muitas abandonadas e maltratadas, em instituições ou dentro da casa dos progenitores. Se aprendi algo a este respeito, é que não existe um formato que seja o correcto. Pensa-se que existe. Mas nunca existiu! Cada qual terá de encontrar para si o seu conceito de família, e não se prender ao formato em vigor que, embora seja muito apelativo, a história prova que nunca esteve ao alcance de todos.

English Version:
In 1991 went on air the soap that still to this day is my favourite one wrote by Glória Perez:
Barriga de Aluguel. The story is about a women that wishes to have a baby but can’t. She and her husband then decide to visit a fertility clinic where they propose to collect an egg and deposit in another women womb.

Very common these days, it doesn’t shock anyone anymore but back then people had doubts about who the mother was, since bough women said they were. Of course, the plot gets thicker when the paid women as the child and complications make her also infertile. It ad to be like that in a way that something to confuse people had to be launched in, other wise spectators would just say: she can have another and a biological one. What, by it self already clarifies who’s the mama.

Mainly in the USA and in the UK, there are women who make this jester a kind of profession. Women that are always pregnant of someone else’s child. And by a small (?) fee, keep on delivering babes like they where the stork. I write like this, but there’s no censure attached.

Actually, the difference between the treatment men and women receive when they bough contribute for someone else family disturbs me. While the man as been, for decades, being paid without questioning for is contribution – that consists in a non sacrificed jester of ejaculate to a cup, women are being expected to do their contribution for free. And the difference is that they suffer. They feel pain in their bodies, they have to take injections and drugs to became more fertile than usual, and gives a constant painful sensation during that long period of time they submit to it. And what do doctor ask and expect from them? Do it for free. What a peace of injustice!

I can comprehend the free argument, but don’t agree with it. If women wishes to do it like so, is fine. But I don’t see why shouldn’t she have some kind of monetary compensation, especially when she suffers. Unlike men. They feel pleasure! So why do the medical community impose to women that they are bad persons if they don’t do it for free? Discrimination? And this only thinking about those women that contribute with an egg to be fertilized and implanted in another woman. If we’re talking about the women that carry the baby for 9 mouths, having to be submit to more test than a normal mama, it a very clear injustice!

Men have been given sperm for decades now, and being paid for it. Many went trough college with sperm money. Others paid a car, some parties in the bar, debts… and with hundred of contributions a single man can made, they also can be the fathers of 100 babies. Babies that later in life, can find each other and fail in love, delivering they on babies… what a story! A good new topic for Glória Perez!

IS THERE A CONCEPT OF FAMILY?
Since the beginning of time, children have been raised by women that were not necessary there mother, although they had a present one. “She raised me, it’s like she was my real mom” – is a common spoke phrase. But is more so related with the past, when women stay at home and men went working out. Women stayed in and raised they children, and sometimes other children too. It was common to children to live a period of time in the house of some relatives, what provided a distance between the biological parents that in a way can be healthy for bough sides. Today families got more monoparental. There’s a single child with no brothers to play with, that goes to school at 6 moths old, gets home late, has dinner and goes to bed, sometimes having a reduce time to be with the parents. There’s also many separated parents and there has always existed the single moms and the grannies.

Therefore, the real concept of family was never the “Hollywood 60`s” type. There’re many variations, and there will always be. I believe that we will start to see more children being adopted or generated for or by homosexual couples and many born with the help of test tubes for a single mom. We already have a generation of children born from divorcees or just casual acquaintances. There’re the abandoned and abused ones living in institutions or in the family house. So, if a lesson can be extracted from this realities, is that there has always been different types of family. We should find out witch is ours and be true to it. What is important is to bring up children wright and with love and support. How will that work for you?


Complete sound track/álbum sonoro complecto para download: http://rapidshare.com/files/12122782/1990_-_Barriga_de_Aluguel_-_Nac_-_by_SC.zip.html

0 FEED-BACK -DEIXE OPINIÃO:

face

    © Blogger template by Emporium Digital 2008

Back to TOP