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sábado, 20 de outubro de 2007

HOMENAGEM a NAIR BELLO


Nair Bello faleceu recentemente. Se foi após dois anos de frequentes complicações de saúde. Li algures que entrou em três paragens cardíacas em alturas diferentes. Ficou em coma, etc. Pergunto-me o que terá sentido, durante todo esse tempo. A morte é um assunto tabu. Não se fala dela, principalmente quando deixa de ser tão hipotética (na juventude) para próxima (na velhice). Gostava de ver este tabu a ser, pouco a pouco, deitado abaixo como pedaços do muro de Berlim.

Julgo que grande parte dos nossos tabus não são antigos como poderemos julgar. São bem recentes na sociedade. Este é um deles. A morte... tema tabu mas porquê? Porque não saber o que pensa e sente uma pessoa que se julga estar a morrer por velhice? Terá medo? Sentirá paz? Como lida com isso? Noutras sociedades, noutros tempos, acho que as pessoas não têm a percepção que a morte não assustava muitos. De outra forma, como poderiam os cavaleiros, os guerreiros, ir para o campo de batalha sabendo que estatísticamente não poderiam sobreviver a todas que teriam pela frente? Os egípcios acreditavam na vida após a morte. Logo, morrer era uma benção, mas de decisão divina. Esta ausência de temor, que os levava a arriscar a vida, não existe mais. Há poucas décadas atrás, não fazia mal cortar uma madeixa de cabelo de um morto. Hoje a ideia é considerada macabra. Assim como tirar retratos. Mas há pouco tempo, não era. Creio por isso, que a sociedade tornou-se mais fechada e preconceituosa em relação á sua mortalidade.

Mas vamos mudar para Nair Bello. Uma senhora- já a conheci senhora na telinha - de um talento e carisma extraordinário. Recentemente vi cenas da sua D. Jura, na novela Perigosas Peruas, e não deu para desgrudar do ecran. A ela associo essencialmente interpretações cómicas, muitas nas novelas de Lombardi. Tinha um jeito todo especial de conseguir brilhar neste género. A voz, não sei se rouca devido a tabaco, ajudava-a naturalmente a ter graça. Mas o resto era tudo mérito e talento seu. Sobre Nair, nunca nada soube, além do seu trabalho que vi na TV. É curioso como a imprensa e os paparazzi podem assediar tanto uns, ao ponto de passar os limites e serem invasivos, e outros, deixá-los estar. Acreditem, se eu fosse alvo de paparazzi, preferia pertencer ao segundo grupo. Mas me surpreende como grandes talentos não são nem alvo de matéria para reconhecer e divulgar seus trabalhos. A invasão da vida privada, a inserção de informações pessoais, a quem todos parecem estar inseridos hoje em dia, não apanhou Nair Bello. Constatei que não sei se alguma vez casou, se tinha filhos, ou se era solteira. (tirei as dúvidas e afinal casou e tem 4 filhotes). Espero que tenha sido feliz, porque certamente fez muitos felizes e gerações, além fronteiras, vão recordar-se por muito e muito tempo, de Nair e do talento que partilhou com tantos. Ela e tantos outros da sua geração, alguns dos quais com quem fez duetos de interpretação ímpares, continuarei a adorar ver na TV. Porque tanto talento, é um prazer de ver!

26.02.08

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