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quinta-feira, 18 de outubro de 2007

NOVELAS DE ÉPOCA

Estão entre as minhas favoritas. Uma novela de época presta-se a tantas delícias! A críticas sociais, a paralelos com a sociedade contemporânea, a histórias de amor limitadas pela lei social da época. Além disso, os figurinos são deliciosos e existem mais cavalheiros que o habitual. :)

A última que vi e adorei, foi Força de um Desejo. Li algures que no Brasil, esta teve pouca aceitação. Mais uma vez, em Portugal não foi assim. A novela é, de facto, muito bem feita. Até consegui levar com a Malu Mader como protagonista principal. Tem uma vilã deliciosa na Nathália Thimberg, á qual depois se juntou a angelical Alice (Lavínia Vlasak).

Entre figuridos de tirar o fôlego, a nota negativa vai para a personagem de Cláudia Abreu. Uma fantochada pouco credível, engraçada até um ponto depois ridícula. Interpretei o desenvolvimento desta personagem e a inserção dela na trama como pastilha elástica. Só servia para estender, estender, estender a trama.

Excelentes interpretações de tantos e tantos actores. Começo por Paulo Betti, passo para Reginaldo Faria, um lord muito interessante, o seu filho Selton de Mello, etc, etc... impossível mencionar todos, cada um a seu nível de importância na trama.

Fascinação, da SBT, foi outra das últimas novelas de época que assisti. Também apanhou a minha atenção e a manteve cativa. O que até é um tanto estranho porque, é daqueles produtos que, nem tudo tem um nível de qualidade igual, e no entanto, tem tanta fruta! Algumas interpretações estavam ainda muito cruas. Heitor Martinez, que a meu ver já mostrou ter muito talento em novelas posteriores, andou aqui na corda bamba. Mas decerto, saiu vencedor. Outros bons actores que devem andar mais pelo teatro e pouco aparecem na telinha, também deram aqui o seu talento para o espectador usufruir. Foi o caso de Glauce Graieb, a mãe vilã desta histórica dramática de amor entre jovens. Mariana Ximenes despertou minha atenção pela sua candura, pela beleza e cabelos ruívos. Transitou depois para a Globo, mas o potêncial que vi aqui ainda não foi atingido.

Na globo há um estilo de interpretação-padrão. Muitos fazem sempre o mesmo, em novelas diferentes. A direcção é a mesma, as mesmas falas são ditas da mesma maneira com os mesmos planos e lá com a musiquinha de fundo... enfim. Há um standard, uma fórmula segura, que se segue, garante o sucesso, mas não traz nada de novo. Alguns actores aderem. A carga horária é tramada, as cenas puxadas, porque não? - Bom, mas este assunto é para outro tópico.

Nesta novela, lembro das falas dos pais de Clara (Regiane Alves) quando a sabem grávida e solteira. A sua reação, mais a da comunidade, é muito forte e marcante. Retrata bem os valores da altura. Clara é apedrajada e corrida à pedrada! (http://br.youtube.com/watch?v=WejdJ4Yp5lM) Rejeitada por todos, ao ponto de lhe virarem as costas, não caminharem no mesmo passeio e de não lhe dirigirem a palavra. É forte! Lembro também de uma conversa "trivial", em que duas personagens riem da possibilidade de São Paulo virar uma cidade grande e se prestam a dar a perspectiva geografica de então. Adoro quando se fazem trocadilhos! http://br.youtube.com/watch?v=IPAZb8Mu-uc

Outra grande novela de época que me deliciou, foi Direito de Amar. De início, nem muito, acho. Era criança quando a vi. Foi só uma única vez mas lembro perfeitamente, que a novela cativou toda a gente. Adultos e crianças. Mesmo os meninos que mais facilmente admitem gostar de futebol que de novela! Há partes muito interessantes. E apesar de já terem passado quase duas décadas desde que foi exibida, uma única vez aqui em Portugal, lá me marcou, caso contrário não me lembraria agora dela. Ítala Nandi, essa não me agradou tanto. Talvez fosse a personagem. Talvez fosse a voz estridente e a dramatização estérica. Ás tantas, meiguinha, ás vezes ia mas, no geral No-no. Não me convenceu.

Vi pouco do trabalho de Lauro Corona. Aliás, todos viram, pois morreu jovem, assim como muitos outros que se seguiram, em que a causa de morte apontada era a "temível" a praticamente "imencionável" SIDA (ou AIDS como se diz no Brasil e América). Provavelmente, muitos outros, antes e depois, se foram levados por esta assustadora doença fatal. Desconfiava-se sempre de causas de óbito "causa desconhecida", "complicações diversas" e "pneumonia". Isto porque, normalmente se morria destas doenças, mas só porque eram derivadas da AIDS.

Lauro parecia a meu ver, ser um indivíduo talentoso. Lá bem parecido, era. Também me parecia sensível, tímido, educado... é uma pena, mesmo. Mas mais que não seja, ele, foi o primeiro finado a não esconder o seu calvário. Depois da morte, pelo menos, a causa não foi escondida. Tornando-se uns dos poucos da altura. Tratava-se de uma década complicada. De muita descriminação e desconhecimento. A ignorância carrega o medo, e poucos podiam se sentir confortáveis sabendo que estavam perante um indivíduo com esta doença, e não haviam certezas quanto há forma de contágio. Sendo que um espirro, ou um aperto de mão, desde que a pessoa tenha uma pequena ferida, podiam conduzir ao contágio. O medo é legítimo, não se pode censurar. Mas mais estudos e conhecimento vieram a dissipar o medo das pessoas. Porém, na altura do seu falecimento, isto ainda não era bem assim. Ademais, ainda se ligava muito a doença há homossexualidade. E, na minha opinião, tal como hoje, continua-se a não se assumir claramente que se é homessexual no meio artístico. Estranho? Não! Reparem: os galãs de novelas, os galãs de filmes de Hollywood... deixariam de ter papéis por assumirem ser gay? Na minha opinião, não. Afinal, a ficção é ficção e a fantasia viaja na mesma, independentemente de sabermos se aquela pessoa é ou não gay. Ainda assim, cantores, actores e apresentadores de TV bastante populares, ainda simulam romances e fogem de esguia a perguntas sobre a sua intimidade, para não dizer com todas as letras: Não! Sou gay, e tenho um companheiro com quem vivo há 10 anos!. E continuam a responder á pergunta: Tem alguma namorada? "De momento não". Ou então, quando desejam filhos, dizem: "ainda não encontrei uma mulher e talvez gostasse de encontrar uma só para me dar um filho". Enfim, ainda existe tanta coisa defeituosa na nossa sociedade que, o retrato desta mesma sociedade há uns séculos atrás proporciona um confronto interessante de ideias. Pode dizer-se muita coisa hoje, mostrando o "ontem".

Caro leitor deste blog (ainda não conheci nenhum! :) ). Qual a sua novela de época preferida? Qual me esqueci de mencionar?

Faça um comentário!

1 FEED-BACK -DEIXE OPINIÃO:

Anónimo 5 de maio de 2009 às 23:51  

Olá, por favor coloque mais cenas ou dados sobre a novela Vira-Lata. Obrigado.

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