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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

A Qualidade em Televisão


A cassete antiga estava no vídeo à espera que carregasse no play. Mas por 10 minutos, continuei a ver na Sic a novela Duas Caras. Finalmente, pressiono a tecla. Surge a novela Dona Beija. O primeiro gesto que tenho de fazer é alcançar o telecomando da televisão e baixar o som 2 níveis. Esta novela, gravada há 20 anos num vídeo mono, tem o volume de som mais alto que a novela em exibição na Sic. Acaba rapidamente e dá lugar a outra novela: Pantanal, gravada na 2ª exibição. Aqui tenho de baixar novamente o som 2 níveis. Mais á frente encontro a novela Vale Tudo. Todas estas novelas apresentam uma imagem perfeita, nítida, sem sombras ou chuviscos.

Desde que foram gravadas, há 10 ou 20 anos atrás, a televisão beneficiou de avanços tecnológicos. A cada mudança existe sempre a promessa de uma coisa melhor, em qualidade, em conforto, em interactividade e segurança. Mas nada disso realmente aconteceu, não é mesmo? Para quê tanto mudança se o que apreciamos é o que tivemos: qualidade?

O que nos espera a televisão no futuro? A qualidade na recepção de produtos de televisão não é somente influenciada pela poluição visual estática e dinâmica que vemos no ecrã em simultâneo com as novelas. Não são só os logótipos e as mensagens em movimento, ora em rodapé ora nos cantos a prejudicar a qualidade do produto que chega aos lares do público. É também o som, este truque utilizado para prejudicar o espectador audaz, que ouse desejar gravar o produto de lembrança para si. Som este que dispara em estrondo quando surge os intervalos para a publicidade. Som que por vezes não se percebe se chega em pior qualidade apenas por ser de baixo volume ou se também não é stereo. É também o dessincronismo entre o mesmo som e a imagem, com os movimentos dos lábios a anteciparem o que se escuta. Truques! Malditas estratégias que não existiam à 20 anos atrás.
Volto a perguntar o que reserva ao espectador a televisão no futuro. É uma questão de pouco tempo, até todos abdicarem das emissões analógicas e serem obrigados a seguir a regra do mercado: aderir à Televisão Digital. Esta faz as promessas do costume: imagens espectaculares, de não-sei-quantas linhas, interactividade que elimina os intervalos publicitários, etc, etc. O que me faz interrogar para onde vão impingir a publicidade que as pessoas vão deixar de ver.
De que vive a televisão? Não é das verbas da publicidade? Então, o mais provável é que durante as novelas e telejornais, o espectador vá ter o ecrã dividido em ¾ s, sendo que um emitirá continuamente publicidade (espero não estar a dar ideias!!). Ou seja: os logótipos estáticos e as mensagens dinâmicas serão “fichinha” (deixem-me usar um termo mais brasileiro) em comparação com a possibilidade da publicidade estar a ser injectada em simultâneo com o programa! O SONHO de qualquer negociador ávido pelo vil metal.

Há também outra ameaça a pairar sobre o sistema digital, além de ser o pior para armazenar dados. Quantos já não carregaram no botão e ups! Fez curto-circuito ou uma confusão qualquer e o aparelho apagou o que não devia? Acontece-me mais do que desejaria. Mas não é esta a ameaça maior que a tv digital coloca sobre os direitos do espectador. A ameaça vem no maior e total controle das emissões. Sem ondas hertezianas, sem o analógico, copiar sinais ou talvez até duplicá-los será mais difícil. Qualquer ideia mais criativa para aumentar a qualidade e conforto será dificultada pelo sistema. Será necessário em cada lar, instalar uma (quem sabe se não será uma por cada aparelho) box digital. Quando antes só era preciso o televisor e nada mais.

Existe ainda uma ameaça que pessoalmente considero maior. A impossibilidade do espectador efectuar gravações de programas.

Com a implantação do sistema DIGITAL, caberá provavelmente ao governo decidir se as emissões passarão a ter um BLOQUEADOR DE SINAL, que impede o programa de ser gravado em casa. Tanto pode isto acontecer com tudo que passar na televisão, como só com estes programas de grande audiência, como as novelas.

Sim, é claro que o espírito humano é naturalmente inovador e adora ultrapassar desafios impostos. Talvez uma forma de contornar o sistema seja sempre possível. Talvez não. Mas a verdade é que, para mim, me basta a simplicidade. Uma antena no telhado, aquelas imagens nítidas, vivas em cor e potentes em som, que gravei da televisão há 20 anos!

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Anónimo 8 de fevereiro de 2008 às 12:24  

per favore mas resumenes de pantanal , que esta acontecendo ? gracias a voce por traernos estos resumenes tan bellos. Feliz carnaval 2008

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