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sexta-feira, 9 de maio de 2008

Terra Nostra -

Terra Nostra anda a pastar. De mês em mês o autor decide tentar cativar as audiências criando uma (e só uma) cena de impacto dramático. Há um mês foi o parto de Maria das Dores e agora é a morte do Ruanito. Bem, mas será que morreu mesmo? A coisa ficou em águas de bacalhau. Não se viu corpo, nem enterro nem se percebeu coisa alguma. Entre Mariana ter uma criança nos braços e a notícia ter sido dada às mães, a criança manteve-se com Mariana. Como o médico soube? Concerteza é um mistério intencional.

É lamentável que Terra Nostra não seja coesa. Avança embalada por situações sem interesse ou nexo e excesso de melodias italianas. Aliás, a novela mal tem som ambiente. É só uma banda a tocar, enquanto as personagens se passeiam de um lado para o outro de coche. De mês a mês, algo acontece, mas perde importância logo de seguida. Foi assim com a ameaça da Peste, que desaparece logo após o parto do filho de Guilhermecino, e assim foi com a morte de Ruanito, de difeteria. Quem dera a nós que na vida real as doenças contagiosas e letais se comportassem assim!


Continuo a dizer que a relação de Mateu e Juliana não faz sentido. Os dois brigam e ela diz-lhe que ele percebeu tarde que ela não o quer mais. É uma afirmação muito forte mas não resulta em qualquer acção. A coisa anda tremida mas nada acontece. Para quebrar esta tensão sem sentido entre os dois, o autor decide dar a Juliana a certeza de ser a mãe de Juanito. E por milagre, isto basta para os desentendimentos desaparecerem. Até que, sem motivo credível reaparecem mais uma vez. Entre os dois tudo volta a andar tremido mas nada acontece. Então, numa busca desesperada para despoletar o interesse, o autor decidematar” o filho do casal. Que tragédia, não? Talvez não. É só o mesmo escrito e representado vezes e vezes sem conta.

Terra Nostra começou chatinha, pelo menos achei, mas desenvolveu-se com interesse até o parto de Juliana. Daí adiante descambou no no sense. Vejam hoje: Francesco e Paola entram na mansão de onde este saiu para viver com ela e praticamente dizem à ex-esposa: «nós queremos viver aqui, vai-te embora». Altivos e arrogantes. Não combina com o carácter de nenhum deles. Não faz sentido. O milionário, construtor de sobradinhos, com a casa do filho que ficou quase acabada disponível, decide despejar a ex-mulher, que jurava a pés juntos nunca sair dali ou abandonar as suas coisas e esta aceita de imediato. Mas quem escreve isto?

Os italianos na fazenda continuam a trabalhar de graça mas o que mais os vemos fazer são festas. Todas as noites, como se o trabalho não os cansasse e a labuta não voltasse dali a menos de 6 horas, lá está o povo todo. Sorridente, a beber muito vinho, a tocar, comer, dançar e as crianças a brincar. Humm… porque será que acredito que não foi nada assim?? É tudo a descambar.

Um bocejo com picos de interesse e muitos, muitos coches de lá, para cá. Lá para cá… se juntasse tudo garanto que dava ao menos 10 horas destes passeios!

Afinal não ter assistido à novela em 1999 foi uma decisão baseada numa boa primeira análise dedutiva. A trama lá tem os seus encantos, admito. Mas como já disse, só com uma tesoura na mão! Shop, shop! E pronto! Poucos capítulos dão conta do recado.
Leia o que alguns actores disseram sobre a sua participação nesta novela e consulte estes links com matérias interessantes.



«Na novela Terra Nostra, nem me recordo o nome da personagem, só me lembro de dizer 'Mamá', e Lolita Rodrigues responder: 'Si, hija, depois te explico.' Benedito Rui Barbosa não sabia o que fazer com nossas personagens. Passei seis meses grávida na novela até que um dia dei um toque no Jaime Monjardim para lembrá-lo que já estava na hora. E aí nasceu. Foi uma novela que eu não tinha porque ter entrado, mas é necessário saber lidar, porque nem tudo na vida são só flores e sucesso. Às vezes, mesmo com todo esforço, não rola». * Cláudia Raia In Estado de S. Paulo, 22 agosto de 2007, referindo-se à novela que mais a decepcionou.
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/aspas/ent20062000a.htm#aspas24
http://www1.an.com.br/2000/mai/19/0ane.htm

http://www.televidere.blogger.com.br/ - afastamento de José Dumont, o Baptista

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Anónimo 14 de maio de 2008 às 10:08  

Como é que é possivel numa cena o Francesco estar a disser ao filho que não acita que a mulher que ainda carrega o seu nome tenha um caso com o coucheiro e duas cenas depois diga que está tudo bem?

Agota tanbém começo a lembrar porque é que não segui esta novela quando saio a primeira vez.

Laura Caçoeiro

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