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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Remédio Santo EXPLODE em talento


Tenho que elogiar o enredo desta novela. "Remédio Santo" surpreende, dia após dia e o mérito, embora o atribuamos mais facilmente às boas prestações dos actores, é, acima de tudo, do autor, o primeiro a criar as situações na sua mente. Depois surge o realizador, que escolhe a forma como vemos o que estamos a ver e, acreditem, isto faz diferença (ainda estou traumatizada devido a algumas novelas portuguesas da década de 90- agora falecidas, de planos prolongadamente gerais e de actores estáticos a cuspir diálogo)!
Surge então o talento dos actores - aquilo que é mais visível. Mas há ainda toda uma série de pessoas envolvidas, cuja contribuição é essencial: a cenografia, os figurinos (que não está aqui a 100%) e tanto mais. Novela é, sem quaisquer dúvidas, um trabalho de equipa.


Dito isto tenho de mencionar o núcleo que mais gosto de ver na novela, o qual considero extremamente bem conseguido: A família de Brígida, composta por um filho calão, Renato, a neta Dora, criança em idade escolar que parece sair ao pai nas trafulhices e Sara, a nora, explorada por todos os três. Sara faz todo o trabalho doméstico da casa, passa toda a roupa a ferro, limpa e cuida de levar a filha à escola, mas mal tem tempo para isso, pois trabalha de manhã até de noite como empregada de limpeza em diversas casas e instituições, de modo a ver entrar dinheiro que sustente todos. O marido, Renato, não trabalha e aproveita-se de uma lesão que o deixou coxo para não fazer nenhum. (O dr. House português ;0) Gosta de andar bem vestido de de lançar charme por onde passa, mas a sua missão na vida é dar-se bem, sem ter de trabalhar em troca.

Quando este núcleo entra em cena, é verdadeiramente arrebatador as palavras que saem das bocas das personagens. Não é uma situação que conheça de perto mas sei que esta é a história de muitas famílias, em que uns elementos não trabalham e um outro, normalmente aquele que entra por laços de afinidade, acaba por sustentar todo o peso. A forma impressionante como as personagens argumentam entre si surpreende-me, pois conseguem todas apresentar argumentos de peso, mesmo sem uma razão moral. É impressionante!

Depois temos tantas outras personagens interessantes. A Viúva Branca, vivida por Sofia Alves, é uma personagem de carácter forte e bem definido, o que provoca admiração no espectador. Cortou relações com a família Monforte, mas só com aqueles que se mostram interesseiros. O seu barómetro moral parece funcionar muito bem e rodeia-se apenas das pessoas que lhe querem bem, conseguindo perceber quem se aproxima com outros interesses. Dei por mim a pensar de onde é que um actor consegue tirar inspiração para criar uma personagem que diz de boca aberta que a mãe é o Diabo e que separa tão bem as águas, cortando relações com aqueles que lhe fazem mal, mas são família. De repente lembrei de ter lido na imprensa que a actriz viveu uma situação semelhante na vida real e aí comecei a achar que, infelizmente, não teve de ir muito longe das suas próprias emoções e traumas de vida para "encontrar" a Viúva Branca. Agora o mistério: afinal, o que tem Hortense por debaixo daquela gabardine? A única coisa que conheço capaz de levar um homem a fugir a correr é uma mulher ter um pénis!

Como dizia outra viúva de sucesso: Mistéeeeerio!!!


Outras personage
ns, das mais centrais às mais secundárias, são muito interessantes. Violante está muito bem conseguida por Margarida Martinho. Outra coisa não seria de esperar e a actriz não desilude. O filho, Miguel, além de sexy é um rapaz maravilha, cuja surdez não o impede de compor música ao piano. Um prodígio! Nazaré era a minha personagem mais detestável. Para mim, era a pior pessoa, revoltada e amarga, sempre a destilar veneno naqueles que não lhe fizeram mal nenhum. Uma incansável invejosa! Horrível! Mas morreu misteriosamente... assassinada a tiro.

Helena, também filha de Violante, é a vilã da história. Para mim não passa de uma stocker, uma obcecada e doente. Normalmente é o tipo de doença que afecta mais o género masculino que o feminino e é muito letal! Pessoas com a doença neurótica de Helena fazem de tudo, mesmo tudo, para atingir o objectivo. Não vivem para outra coisa. O que não me parece que vá acontecer na novela, mas acontece na vida real é que, quando este tipo de pessoa sente que está a perder, deixa de desejar alguém a todo o custo para passar à vingança a todo o custo. E planeia atrocidades, que acabam muitas vezes na morte... É a verdade.

Como se percebe, nesta novela não faltam histórias com interesse. E muitos mistérios por desvendar!

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