Novidade

Este blogue mudou-se. Está agora no facebook. Um dia voltará a viver no blogger, numa casa nova e moderna. Até lá, boas novelas!
Para TODOS os fãs de telenovelas Brasileiras e Portuguesas espalhados pelo mundo.
Portuguese blog about Brasilian/Portuguese tv soaps for fans all over the world.

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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Último dia do ano 2012

E vai ser neste blogue que vou fazer referência ao ano que se abandona. Mas pelas novelas. No ar estão muitas que vão transitar para 2013. E tem sido um bom ano noveleiro. "Avenida Brasil", no topo, "Gabriela" a divertir muitos, isto só para mencionar as Brasileiras.

Falando das portuguesas, finalmente conseguimos assistir ao final da saga "Remédio Santo", que nos trouxe um final diferente, três para ser precisa, com a opção sendo do espectador. A substituí-la veio "Louco Amor", uma trama igualmente boa mas que depressa revelou imensas fragilidades, valendo apenas por uma ou duas histórias centrais e sendo fraca e às vezes medíocre e previsível nas restantes histórias e personagens. Naturalmente, a concorrência ganhou com isso, e aos poucos sobressai "Dancin'Days", adaptação portuguesa da história brasileira que "La Braga" protagonizou na década de 70, com Joana Santos no seu papel, numa prestação plástica e sem sabor, mas que de resto é fascinante, com excelentes interpretações, destacando a revelação que tem sido a cada episódio o talento de  Joana Santos (Mariana) e a constatação reforçada de outros, como de Pedro Diogo (Cristóvão), João Ricardo (Hernani), Cristina Homem de Melo (Teresa), Igor Sampaio (Alberto Galvão), Guilherme Filipe (Urbano), Miguel Costa (Ivo), Custódia Galego (Áurea), entre muitos outros. 

Sem grandes hipóteses deste ano levar pela 3ª vez consecutiva um Emmy, as novelas portuguesas concorreram ao certame e perderam, pasme-se, para o remake da novela brasileira "O Astro". A meu ver, os juízes não estiveram para ver horas infindáveis de novela, (deviam levar isto em consideração quando submetem obras muito esticadas ao prémio) e preferiram a curta "O Astro". São um total de 64 capítulos contra, a exemplo, os 368 episódios de Remédio Santo! Mas como também se comprovou ao ser exibida na SIC este ano, este remake teve excelentes interpretações de alguns actores veteranos, como é o caso de Regina Duarte, mas de pouco valeu em termos de qualidade na história.

E fiquemos por aqui em termos de novelas.
Algumas vão continuar connosco em 2013, outras deixam-nos em 2012.
Não importa realmente, porque são obras intemporais, que continuarão a ser vistas pelas gerações futuras.

Ah! Já me esquecia... e tenham um ano de merda, gente!


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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

RIP Marcos Paulo

É assim a vida, ninguém fica cá para semente.

Marcos Paulo, actor e director deixou este mundo Domingo dia 11. Fotos do velório revelam a presença de colegas de profissão na sua última homenagem, numa cerimónia com forte segurança para garantir o respeito do momento da despedida. Marcos Paulo, que pessoalmente vou mais lembrar pelos seus papéis de vilão disfarçado de bonzinho, tinha lá o seu jeito de representar mas julgo que a direcção de novelas lhe enxia bem mais as medidas. Estreou-se nessa função com a novela Dancin'Days, e entre outras, dirigiu os actores das novelas Roque Santeiro, Fera Ferida, A Indomada, Força de um Desejo, O Beijo do Vampiro, Desejo Proibido, e a última Os cara de pau, em 2010, cerca de um ano antes de lhe ser diagnosticado cancro no esôfago. Sua vida pessoal foi tão preenchida quanto a profissional. Quatro vezes esposo, muitas vezes parceiro e pai de três filhas, cada uma de mãe diferentes. Por último tinha assentado com Antônia Fontenelle, atriz, em cujos braços supostamente deu o último suspiro. 

Relembrando um pouco o artista em suas personagens:

Meu Bem Meu Mal, com Lídia Brondi, Quatro por Quatro com Betty Lago
e mais um médico em «Páginas da Vida»



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terça-feira, 13 de novembro de 2012

A importância dos BONS atores e as pessoas CERTAS no papel certo.... (AVENIDA BRASIL)


O rapto de "Carminha" na novela "Avenida Brasil" ocupou grande parte da novela a semana passada e proporcionou os momentos mais hilariantes de sempre. Quando ela manda vir com os bandidos e após perceber que o condutor do carro de fuga podia enfartar a qualquer instante e o outro não sabia conduzir, dispara: "Mas que bandidos de merda!" , fiquei para morrer de rir! É que há que saber fazer... e ali sabem. O bandido "Moreira", actor cujo  nome por enquanto desconheço, também esteve brilhante no seu papel. E quando isto acontece... 

Voltei a refletir na importância de uma actriz/actor no seu respectivo papel. Ver Adriana Esteves a desempenhar a sua Carminha e pensar:
"Que bem que ela fez esta expressão! Que bem que ela muda de expressão! Que bem que ela sabe passar duas emoções opostas em simultâneo!" É que não é para todos. Requer prática e mesmo alguns com ela, não chegam lá tão bem. E Max (Marcelo Novaes) ao contracenar com Adriana, parece «morrer» um pouco ali, não desfazendo o talento mais que comprovado do actor, dei por mim a pensar: "ele podia ter roubado a cena deste jeito. Podia ter aproveitado este plano para inserir esta emoção..." Coisas até técnicas e chatas, mas que somando todas depois sai dali algo melhor, mais requintado. 

Ao mesmo tempo que constatava estas coisas, ia pensando na carreira e no quanto a profissão pode ser ingrata. Adriana Esteves entrou na novela "Meu Bem Meu Mal" mas depois recebeu fortes comentários negativos ao seu talento na representação na altura em que fez o papel principal da novela "Renascer". Diz-se que chegou a pensar em desistir e entrou em depressão. Depois voltou como protagonista em "A Indomada", num papel duplo, e  conquistou o público com uma postura mais madura. E claro, depois veio "O Cravo e a Rosa", e consagrou-se na comédia... Mas ainda teve "Sandrinha", em "Torre de Babel", uma miúda que era uma víbora mas desempenhava o papel de santa, só queria dar o golpe do baú. Que bom que foi deixarem-na amadurecer, porque o esforço valeu a pena: está ali uma boa actriz, pequenina em estatura mas GRANDE em talento. Ainda me lembro da sua estreia na novela "Top Model", no papel da adolescente "Tininha", que acaba grávida do namorado e tem de contar à avó que a criou o que lhe está acontecendo. Começou crua e cresceu para se firmar uma excelente actriz. Que bom para o público, não é mesmo? 

O resultado final de uma cena que consideramos perfeita, depende de muito mais que o talento de uma só pessoa. Na verdade depende da equipa toda, dos colegas, do realizador, dos câmaras, dos sonoplastas, do editor de imagem, dos figurinistas, do timming até... Mas cada vez que aparece essa "cereja em cima do bolo", é como deixar um rebuçado derreter lentamente na boca... de tão bom que é de ver.


Como antagonista desta vilã temos outra personagem bem escrita: Rita/Nina. Quando soube quem a ia interpretar o entusiasmo não foi grande, não por ter algo contra o talento da actriz, mas simplesmente porque espero sempre para ver, o mesmo acontecendo com Adriana. Por vezes são coisas insignificantes que contribuem para uma cumplicidade menor entre personagens que se querem antagonistas. Coisas pequenas, que não se identificam bem... mas gostava de ver menos maneirismos do passado, mais garra e ódio em "Rita", ainda mais porque optou por esse sentimento como rumo de vida. Daí a se transformar numa "Carminha" deve existir uma ténue linha... Quando se revolta, "Rita" só age quase sempre da mesma forma e só desabafa com uma pessoa. Algo não fica bem, vê-la o tempo todo educada e instruída, a ensinar todos na família de Carminha como vestir, o que é bom comer, o que é bom ler... é até enervante. Deviam existir ali momentos explosivos que ninguém entendesse... um misto de emoções. Afinal, ela escolheu a VINGANÇA como rumo de vida...

Porque o resultado de uma dupla em novela, seja de antagonistas ou de namorados, nunca pode ser 100% garantida... depende de muitos factores. Algumas duplas têm surpreendido e ficaram na memória televisiva dos que as viram, como "Raquel (Regina Duarte) e Maria de Fátima (Glória Pires)" em "Vale Tudo", Fernanda Montenegro e Paulo Autran em "Guerra dos Sexos", Fefé (Cristina Pereira) e Leozinho (Diogo Vilela) em Sassaricando....  Mas na verdade nunca se sabe. O resultado depende não só da cumplicidade entre actores, até porque muitas das vezes os melhores pares são protagonizados por pessoas que não se suportam,  depende também do mesmo conjunto que remete à equipa toda: desde os cérebros que escrevem as tramas, aos que as vão interpretar. Tudo conta. É ou não é isto fascinante?  

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Ivana e Max em Avenida Brasil


Episódio 31º da novela "Avenida Brasil" no ar.
Entra em cena "Ivana" (Letícia Isnard), que grita para o marido "Max" (Marcelo Novaes):

-"Neném! Ai Neném! Estou com saudade! Pitxuquinho!!" - tudo isto dito num tom de voz de bebé.

Ahahh! Ninguém agueeenta!

É que nem o pior dos vilões merece eheeehe! Ivana é insuportável quando fica "romântica". Em qualquer outra circunstância é uma personagem perspicaz, inteligente, mulher de negócios... Mas quando entra em "romance mode" LOL, é tortura pura. Max, que se casou por interesse, merece uma punição, é verdade, mas conviver com aquilo é um castigo constante. Beinziiiiinho!! Xuxxurriiinhoooo! Pitxuquinhoooo!! - a toda a hora. Mas porquê ele nunca lhe disse: "Amô, gosto muito de'ocê, ma mata essa vois infantiu si qué augo cumigu!"


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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Fernanda Serrano má actriz...


Segundo a TVGuia a mulher de Nicolau Breyner disse em público que Fernanda Serrano é má actriz.
(ambos contracenam como par romântico na novela Louco Amor)


Ahh,ah,ah! Se ela é má actriz, venham mais como ela!

E assim se percebe quem está em casa consumida em ciúmes provocados por cenas românticas na ficção...
Enfim, são coisas que acontecem, coisas de casais, que ás vezes transpiram para a imprensa, sem direito ou com algum, não sei. O pior é quando a imprensa fala por meias-verdades.

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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Porquê "Louco Amor" não funciona

Bom, são demasiadas as razões e estão a acumular. É só pegar num episódio qualquer e surge logo uma lista de erros. Mas vou só apontar um do capítulo de hoje: a PROPAGANDA.


Raramente na novela se vê uma personagem a ver televisão mas hoje, por conveniência, a avó de Margarida está sentada no sofá da sala da mansão que não é dela, o que é estranho, pois sempre fez questão de ficar pela zona da copa como se tivesse nascido com o papel social de empregada doméstica. Ainda por cima, está a ver televisão. E o que está a dar? Propaganda incentivada por Cristina Ferreira, na qual carregar muitas vezes o telemóvel pode dar prémio! 

As duas personagens, avó e neta, ficam super entusiasmadas! Vão logo carregar os respectivos telemóveis porque "nos tempos que correm" ganhar um prémio "vinha mesmo a calhar". É um aproveitamento da situação difícil em que algumas pessoas estão prometendo um prémio que, no fundo, é quase inatingível, pois é preciso muito gastar para algo ganhar.   

Este merchadising mal colocado, ainda por cima com um teor que acho eticamente censurável, é dispensável. A injeção de capital pode ter sido apreciada, mas o produto não se compatibiliza com a história, é posto ali forçadamente. 

Entre todas as falhas no guião da novela, esta injecção  não a beneficia e só faz é reforçar a fragilidade do produto.

Falhas, falhas... podiam colocar uma tesoura naquela franja de Margarida, pois a rapariga, não bastasse os suspiros, está sempre, mas sempre a pestanejar! Além de errarem na indumentária, agora isto  :( Também estar sempre a ouvir que a super-Joana (advogada, empregada doméstica, cantora, empregada de mesa, amiga, mãe e esposa exemplar) tem uma voz especial, linda, que vai fazer  carreira internacional, e escutar que a outra não é tão boa, mas constatar o contrário, é outra ténue coisa que somando a tudo retira credibilidade ao guião. E Bia, a dona da voz doce, também já se está a transformar numa super-tudo-e-mais-alguma-coisa dos coitadinhos. Ela serve às mesas, canta, agora também é empregada interna, cozinheira, arrumadeira, passadeira, lavadeira e costureira. Só lhe falta uns filhos.

E há mais, muito mais! Mas decidi ficar por estes comentários. A novela tem pouquíssima coisa a seu favor e não é com estes atributos que vai vencer a concorrência. Não tem força nenhuma para isso.

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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Maria de Fátima em "Avenida Brasil"


"Avenida Brasil" vai ainda nos primeiros capítulos mas já tem uma dinâmica muito cativante. Ver Adriana Esteves (Carminha) enrolada com Max se transformar numa cândida viúva triste com a aproximação de "Tufão", faz lembrar "Maria de Fátima" em Vale Tudo.

Toda a dinâmica do golpe, a cumplicidade e o planeamento com o cúmplice, a forma como se "descartam" dos que se metem pelo caminho, traz de volta "Maria de Fátima". Suspeito que Carminha não vai ser uma vilã que só é odiada, ela vai também fascinar. Vai partilhar com "Maria de Fátima" alguma compaixão e compreensão, porque adivinha-se que a vilã deve ter passado o "pão que o diabo amassou" na sua meninice. Mas isso não desculpa as escolhas de vida...   

A história é tão boa que se desculpam todas as partes menos credíveis. A forma como "MonaLisa" , uma autêntica Raquel Acioli, adopta de imediato aquela criança sem se perguntar se além de mãe ela tinha pai, tios, tias ou avós, por exemplo*. Desculpa-se que se mostre uma realidade com que muitos embirram, por não desejarem que se evidencie em novelas, que é os meninos que catam lixo no Brasil. A história é bem feita, é doce, cativa. Cativa como poucas conseguem nos dias que correm. 

E isto é um bom sinal. Espelha também as mudanças sociais e económicas que progressivamente ocorrem no Brasil. Há não tão pouco tempo boas novelas como esta teriam sido um tanto ou quanto preteridas em favor de tramas mais fáceis e menos complexas. (ver abordagem aqui). Boas novelas não espelhavam boa audiência, perdendo para boletim básicos. Isso está a mudar. E pelo todo, é um excelente sinal!  

* MonaLisa depois de se apegar ao miúdo, lá lhe pergunta sobre os familiares. Esta nova "Raquel Aciolli" não teve de tirar meninos da rua para vender sandes na praia, mas haverá decerto na trama alguém que tente ajudar os meninos da lixeira. Muito bom, muito parecido, bela história

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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Já não se fazem boas novelas como antigamente?


Gosto de falar sobre novelas, sobre as impressões que elas me deixam, de como influenciam a vida, a sociedade, o que se aprende, o que não se aprende... Mas uma coisa que nunca me deverão ver fazer quando expressar uma opinião é recorrer aos bordões:

- "Já não se fazem novelas como antigamente!". 
- "Antigamente é que a Globo sabia fazer novela!"
-"Ah saudade, essa é do tempo em que se faziam boas novelas! Agora não prestam!"


Já havia explicado anos atrás que as novelas são tão boas quanto a nossa receptividade para as ver. Somos nós que vemos a nossa vida alterada e é mais do que normal que uma novela que conte aquela história que você já viu antes, comece a cansar. Os atores também são os mesmos, o ritmo também...


Mas será que já não se fazem grandes novelas? Acho que se fazem sim. Concordo que é difícil fazer uma boa novela, mais ainda nos dias de hoje. Mesmo que seja boa, a dificuldade está em mantê-la na memória das pessoas como a grande novela que é. Actualmente elas são um produto de consumo tão rápido, no meio de outros tantos produtos de consumo rápido, que mesmo sendo boa, dificilmente chega a memorável. Não quando temos computadores, internet, telemóveis, Ipods, Playstations, etc..

Se as novelas de antigamente eram «melhores», os tempos também eram outros. Foram anos em que a tecnologia como veículo de entretenimento se resumia a TV, cinema e pouco mais. Mas agora já não é assim e falta tempo para se fazer tudo o que se gostaria com os meios de que se dispõe.

Vejo uma novela como "Avenida Brasil" e penso: ora aqui está uma novela com potencial de vir a ser memorável. Se tivesse sido feita nos anos 80 ficaria tão conhecida como "Vale Tudo".

Mas já não dá. Não somos mais os jovens sem grandes responsabilidades de outrora, mudámos. As novelas e tudo o que mais gostamos parecem remeter sempre para os anos da adolescência ou infância. É assim em qualquer geração. Também já havia escrito sobre isso: as novelas que gostámos de ver na década de 80, não são as melhores novelas de sempre para quem nos anos 60/70 as começou a assistir ainda a preto e branco! Essas pessoas têm "Beto Rockfeller" e outros nomes que para mim não passam disso como as novelas mais memoráveis das suas vidas. E não serão?

E tal como os mais velhos, os mais novos também indicam como novelas favoritas algumas que, para os adolescentes de 80, não são nada de especiais. Vão buscar novelas da década de 90 ou mesmo do começo do ano 2000 e falam com nostalgia das mesmas, com saudade e vontade de ver de novo, como se elas fossem velhinhas e pertencessem a um passado bom, que não volta mais. "Caminho das Índias", "O Clone", "O Beijo do Vampiro"... novelas que já não disseram muito aos adolescentes de 80, que são apontadas como as melhores para os adolescentes de 2000.

Cristiana Oliveira, a "Juma" de "Pantanal"
Mas nisto tudo existe sempre um consenso. E a prová-lo esteve a re-exibição da novela "Pantanal" no Brasil, faz já quatro anos. Eu não tive dúvida que a novela ia agradar um novo público, conquistando-o e arrebatando-o como este não estava à espera que viesse a acontecer. E graças a isso, parte dos adolescentes de 2000 puderam apreciar uma novela de 90 e acharam que era uma delícia. Alguns nem eram nascidos quando a história foi gravada. 

Por isso, as novelas que vemos na adolescência são as melhores e mais marcantes. Algumas são-no mesmo e se voltarem a exibir, voltam a conquistar. Histórias bem contadas que não têm idade! E se formos a ver, hoje ainda se fazem umas tramas danadas de boas. Mas dificilmente conseguem ser memoráveis, a menos que o espírito de quem as vê pela primeira vez as descubra como um tesouro desconhecido, que acrescenta algo a uma certa inocência particular da juventude. 

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sábado, 29 de setembro de 2012

Avenida Brasil - primeiras impressões

Estou a gostar dos primeiros episódios da novela "Avenida Brasil". Mas sempre se encontram coisinhas a apontar. Uma delas é o quanto é pouco credível que não existam vizinhos e conhecidos numa rua familiar, onde a família de Genésio morou a vida toda. Conveniente é para a trama, pois assim não existem testemunhas ou intrometidos que possam desmascarar as mentiras da vilã. A menina Rita grita por socorro ao ser arrastada para o carro que a vai levar para a lixeira e não tem um único vizinho para a socorrer. Porque eles não existem! Nem um velhote, outra criança, um intrometido... nada.

Outra coisa que ficou um pouquinho mal foi ver Tufão (Murilo  Benício) como grande jogador de futebol a golear ostentando uma barriguinha de respeito. Julgo que a "blubber" até ondulou em câmera lenta. Existem cintas bem apertadinhas que o impedem, as mulheres sabem bem isso. É o mínimo que podiam ter feito... Percebe-se que a idade dos protagonistas nesta fase ultrapassa largamente a que era suposto terem (Tufão deve andar na casa dos vinte, não dos 40, «Max» também...) mas como a trama vai avançar até a criança virar maior de idade, compreendo que usem já os actores que vão ficar com as personagens nessa fase mais adulta. Mas aposto que os pais de Tufão não vão envelhecer 20 anos!

E para falar nas interpretações e nas histórias, dá para perceber que a mãe de Tufão vai engolir cada palavrinha maldosa que disse sobre MonaLisa, a namorada do filho. Esta é trabalhadora, decente, ajudou tufão a livrar-se de vícios como o álcool, tornou-o uma pessoa capaz outra vez. Mas de acordo com a mãe, MonaLisa é uma interesseira, que só quer saber do dinheiro do filho, uma cangaceira que não serve para ele. Já estou mesmo a ver que a ideia de ter «a outra» como nora lhe vai agradar imenso mas é tão arriscado como correr risco de vida!

Outras personagens interessantes pertencem ao núcleo cómico, como Cadinho, o homem casado com duas mulheres e duas famílias. Aquilo é tão extenuante que para relaxar ele tem umas amantes de lado. Vai que numa dessas noites de procura, encontra uma rapariga que após um interrogatório sobre os seus "contributos" genéticos aceita ter sexo com ele por querer engravidar. Ainda não sei se ela é uma mulher profissional de sucesso que apenas não quer esperar mais tempo para passar pela maternidade ou se é lésbica e assim resolve a situação. Não creio que seja esta segunda hipótese, mas ia gostar muito que assim fosse.

Adriana Esteves como Carminha está a dar um show gostoso de ver, variando com mestria entre a víbora que interpreta e a Santa pela qual se quer fazer passar. Algo que já nos habituou mas que ainda assim, dá sempre gosto ver. Agora é esperar pelo "pulo" da trama e ver que distracções esta vai trazer. 

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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Dancin Days diverte mas não convence

Sinto-me defraudada com a trama principal de "Dancin Days".

A relação daquelas irmãs não está a ser bem apresentada.
Não vi a novela original, mas gostava que esta viesse a passar na SIC já a seguir a esta. Mesmo não vendo o original, sinto que nesta adaptação a relação das duas irmãs ficou muito, mas muito longe do desejado.


Na actual trama existem referências que entram em conflito com o que já vimos ou estamos a ver. O famoso amor unido das irmãs, a paixão avassaladora e libertadora das duas pela dança, elementos essenciais para unir a trama e colmatar no batismo da discoteca "Dancin Days"  -  tudo isto, deitado no lixo porque não dá para acreditar no que não se viu: a cumplicidade destas irmãs. Logo, não dá para LAMENTAR a deterioração nem torcer pelo entendimento entre as duas. Nesta versão uma coisa tão simplesmente complexa como esta ficou reduzida ao paradigma "vilã" versus "heroína". E não devia ser só assim. Primeiro, "Raquel" não é tão vilã assim. O seu lado, com egoísmo é verdade, devia ter ficado melhor explicado para que a reconciliação não fosse de todo impossível. Júlia, que entendo bem devido ao gesto que teve, também não está muito bem conseguida.

Fica esta sensação de insatisfação, que julgo só poder saciar se conseguir ver aquilo que quero ver. E que deve estar na original Dancin Days.

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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Ùltimos capítulos de Insensato Coração


A  voz-off da SIC aproveita o genérico final do segundo capítulo de "Avenida Brasil" para anúnciar que «já a seguir» não se podem perder os «últimos capítulos» de Insensato Coração.

Mas que raio??
Quantas NOVELAS BRASILEIRAS passa a SIC em horário nobre?
Juro que nunca dei por esta...

Então temos:
21:25 -  Dancin'Days - que apesar de portuguesa é também brasileira e adaptada de uma trama brasileira.
22:15 -  Gabriela
23:00 - Avenida Brasil
23:55 - Insensato Coração

E "Fina Estampa" antes do jornal da Noite (20h00).

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Sem paciência para a cara enjoada da Margarida

Não há PACIÊNCIA para as constantes caretas de Margarida! Mas a miúda só sabe é lamentar-se!! Que heroina da treta. Concordam?

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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Tenho cá para mim... (duelo de audiências)

... que é desta que a SIC leva o horário nobre.

"Casa dos Segredos 3" a fazer concorrência às novelas Dancin'Days e Gabriela é um erro, não tem força suficiente.  E a  novela "Louco Amor" a ir para o ar depois do reality show, começando na TVI quando na SIC Gabriela já está no ar, é uma estratégia que vai falhar porque o público da novela cansa-se de esperar e distraí-se pela SIC, por onde pode acabar por se deixar ficar. 

"Casa dos Segredos 3" (CS3) é maçudo e repetitivo. O cenário é sempre o mesmo, as histórias também não são muito diferentes. Enjoa. Os sons estridentes, as apresentações «histéricas» a fórmula satura. Não é com isso que vão combater a curiosidade e o prazer em ir ver uma boa história que está a dar no outro canal. E é já neste Domingo que o programa vai ter de «concorrer» com um outro reality show da SIC. Se inicialmente achei que só o humor teria força para combater um programa com os parâmetros da CS3 e nenhum de dança, perda de peso ou qualquer patetice de jogos-sem-fronteiras podia fazer-lhe sombra, achei o formato aborrecido e fragilizado ao ponto de isso acontecer. A ver vamos.


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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Os três finais de REMÉDIO SANTO


A TVI colocou online os três finais gravados para a novela "Remédio Santo".
A meu ver desde o início a preferência do autor recaia para que as três irmãs Marias fossem as assassinas. Agora que vi este final, fiquei mais convicta que esta era a intenção original.



Nas versões alternativas para o final, esta das três Marias é a única que explica bem e com total coerência a sequência narrativa de todas as histórias e mortes. As cartas deixadas pela «morte», coisa que não convenceu no final de "Evangelina", batem muito certo com este final. O facto do "filho do Diabo" aceitar tão bem viver na casa das três irmãs e ter-lhes dito que "sabia dos seus segredos", por exemplo. O termos visto Maria Polícia invadir a casa dos Monforte e remexer nuns papéis (afinal foi para falsificar a letra para o bilhete suicida da mãe Monforte) e, claro, só sendo três é que explicaria tão bem a forma como o assassino movia-se rapidamente e sem falhar o seu plano. Explicaria melhor as sabotagens recorrendo a explosivos. Evangelina não entendia nada disso nem de máquinas ou mecânica. Mas MARIA POLÍCIA, com um passado como TERRORISTA que veio a lume aquando se descobriu a sua amizade com Zé Larau, um dos maridos de Hortense, certamente não teria tido nenhuma dificuldade em sabotar o carro da primeira vítima ou armadilhar com explosivos a mota do latinhas, usando um controlo remoto para os detonar. Agora a Evangelina?? Pleeeeease! É preciso ter algum bom e específico conhecimento de explosivos e mecânica -  coisa que EVANGELINA não tinha. 

Também este é o final que faz mais sentido para a morte de Amélia que roubara o livrinho de apontamentos de Maria Polícia e de Clarinha. Com mais credibilidade conseguimos acreditar que Clarinha entraria no quarto das tias e se pusesse a mexer em tudo, pois vimo-la a fazer exactamente isso outras vezes. Imaginá-la a bisbilhotar o quarto das tias é natural, mas o de Evagelina nem por isso. Além de que Evangelina conseguiu guardar debaixo da cama as roupas de stripper, sem alguma vez ser descoberta. Julgo que para um assunto mais sério como o ser assassina esta teria então ainda mais cuidado para ocultar a sua identidade.

Ainda não vi o final em que Sara é a assassina que intuo que também fará mais sentido mas desde já acho que este das três Marias é o mais coerente de todos. Além de que explica comportamentos que as mesmas tiveram na trama que ficam, de outra forma, sem explicação. A seguir decerto seria o de Sara. O de Evagelina seria o último que alguma vez ia escolher. Ela merecia viver finalmente a sua história de amor em paz, criar a sua filha e viver no seu casarão. Ainda por cima ela vira escritora de livros de auto-ajuda e sobrevivência à crise no final em que não é uma assassina. Uma pena mesmo...

PS: Veja aqui os finais:
As TRÊS MARIAS são as assassinas.
Sara é a assassina.
Evangelina é a assassina.

DIVIRTAM-SE!


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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O Astro despede-se


A novela "O Astro" vai terminar esta sexta-feira e foi a novela (?) mais rápida de sempre.

Estreou dia 2 de Julho e em pleno Setembro 21 chega ao fim. Para quem acabou de sair da ressaca de uma novela com a duração de um ano e meio (Remédio Santo) isto parece inacreditável!

Infelizmente a novela é curta, mas nem por isso dispensou momentos de "barriga" ou muitas cenas do tipo "já vi isto antes e demasiadas vezes". Numa história narrada num registo que já ganhou a designação "à lá Globo", inovação não existiu muita. Uma novela com bangue-bangue, romance, magia e intriga. Mas muito fraquita.

Os Remakes têm destas coisas: são histórias velhas. Inovadoras no seu tempo mas repetidas e copiadas até a exaustão desde então. Apresentadas na mesma fórmula (direcção, edição, representação, ritmo) vira receita de bolo chinfrim.

Adeus "O Astro"!

Mesmo sobre estes reparos pareceu ser uma novela agradável de se ver, com uma prestação digna de um
troféu por parte de Regina Duarte. O tomate podre terá de ir para Carolina Ferraz :)
.

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domingo, 16 de setembro de 2012

Remédio Santo - o desfecho

Estou confusa com o que estou a ver no ar.
Antes do intervalo, durante a noite soou um tiro na casa de Armando que estava frente a frente com o assassino, ambos armados.

Depois do intervalo já é de dia e o desfecho de muitas personagens é revelado: as três Marias ganham um novo aldrabão para partilharem, Renato é político corrupto mas... e quem vitimou o tiro nocturno? O que foi feito a ângelo,  caído no chão com um ferimento de tiro após se meter à frente da bala que era suposto atingir a Aurora, atada a uma cadeira por Helena, junto com Gonçalo?

Já percebi que "Evangelina" foi escolhida para ser a assassina.
As cenas da noite "eclipsada" estão agora no ar e Envangelina, a assassina ferida, começa de imediato a desbobinar as razões. Assim, sem mais nem menos! E depois morre, presumo eu. Veremos se será esse o desfecho ou se ela vai presa.

E pronto. A novela vai acabar. Quer se goste ou não do desfecho, foi uma boa novela, em especial nos momentos de comédia. As três Marias, de início pouco engraçadas, desenvolveram e ficaram engraçadíssimas, o seu sobrinho Edgar Baldé então nem se fala e enfim... rir foi o melhor Remédio.

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Último capítulo novela Remédio Santo

Estou a aproveitar o intervalo do último episódio da duradoura novela "Remédio Santo" para deixar algumas impressões. 

É engraçado que foi preciso esperar até o penúltimo episódio para se ver, finalmente, a polícia prender um grande vilão. E como não há uma sem duas, no episódio de ontem Maria Polícia não só põe atrás das grades a grande vilã, como de seguida e do nada, surge na casa de Ema a tempo de impedir o padrasto de a matar, mais à irmã. Maria Polícia foi incompetente a novela toda, mas ontem conseguiu finalmente mostrar trabalho. Foi totalmente inesperado.

Só nos últimos capítulos é que muitas histórias ganham explicação e isso é deveras aborrecido, criando desfechos apressados que acabam a ter o gostinho da incredibilidade. Já cansou faz muito ver "Gonçalo e Aurora" sempre nas garras da vilã "Helena", sem que, entre tiros, raptos, atropelamentos, afogamentos, bruxedos e enforcamentos de que são alvo, algum mal realmente lhes aconteça. E também já deviam ter ficado fartos do papel de vítima ao ponto de reagir de forma definitiva contra a influência da vilã. 

Dentro de 15 minutos a novela deve voltar ao ar para revelar, finalmente a identidade do assassino. Não será engraçado verificar que, depois do disparo que ecoou pela casa, quem atirou primeiro não foi a assassina, porque esta tem sido exímia durante toda a novela, nunca deixou rasto e sempre foi rápida no gatilho, ganhando até a quem lhe apontava uma arma primeiro. Será decepcionante uma captura tão pouco credível. 

Mas a resposta a isto virá dentro de uns 15 minutos, é esperar.
Curiosidade: a novela sai do ar apenas na véspera da estreia do reality show Casa dos Segredos3. 

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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Representar com convicção e sem tiques

Não quero passar algum juízo de valor mas tenho de fazer uma crítica que julgo construtiva no que respeita às interpretações dos actores que fazem par romântico na novela "Louco Amor" (tvi) nas personagens de Margarida e Duarte.

Começando por ela: a sinopse revela uma rapariga muito activa, diria eu hiperactiva, que fala muito depressa, tem sempre a cabeça a mil e não pára para descansar. Contudo, a «encarnação» dessa personagem parece oposta ao que seria o comportamento de tal pessoa. "Margarida" surge apagada, vagarosa, suspirante e sempre cheia de lamentos. Parece acometida da doença da Dama das Camélias, a tuberculose e o romantismo trágico.  


Como devia a personagem surgir no ecrã: dinâmica, sempre em movimento. Quando nas lides domésticas mostrar mais genica, ao invés de ficar ali parada. O máximo que a vi fazer foi afagar umas almofadas. Outras personagens foram bem mais convincentes. Por vezes ela está ali de braços cruzados. Na rua, "Margarida" caminha vagarosamente. Para quem anda sempre a correr de um lado para o outro, principalmente para a paragem do autocarro, garanto que aquilo não é a passada de uma pessoa sempre com pressa. Quase todas as falas da personagem são entregues em suspiros. Margarida suspira antes de começar a falar, ela faz respirações profundas antes de entregar a fala e acabei de ver uma cena em que a actriz antecipou cada fala com o som "tsch", o que tira credibilidade e é enervante. 


E já sei até a exaustão que a personagem está "cansada", a palavra é dita quase em todas as falas faz vários episódios, entre suspiros e lamentos. Quem escreve as falas da personagem devia parar de repetir isto, pois só reforça tudo o que venho vindo a apontar. Por fim, o vestuário que ostenta devia ser outro. Vir da «aldeia» não significa um vestuário simplório e até enerva ver que está sempre de casaco vestido, ainda mais com o verão já a acabar.

Duarte não é muito diferente. Devia ser mais desenvolto. Também este actor antecipa ou termina muito do que diz com longos suspiros. Uma vez até me enervou, pareceu-me ficar uma eternidade à espera que após mais um suspiro entregasse a fala, que até já adivinhava qual seria. Por vezes não se entende bem o que é dito, por uma certa tendência para falar para «dentro».

Não quero dizer que sejam maus actores, mas não dominam estas personagens. O que pode ser visto como algo positivo (existe espaço para evolução). O curioso é que nem sempre um actor que faz bem umas emoções, consegue ser convincente noutras. E depois há aqueles que conseguem surpreender sempre em qualquer registo. Nesta novela tenho de destacar Sara Prata. Delicio-me com excelentes interpretações! 

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Remédio Santo chega ao fim com escolha de final para o público

A levar em conta a informação no canto superior direito do ecrã da TVI, a telenovela "Remédio Santo"  termina hoje ou amanhã, se o canal considerar que a semana termina ao Sábado.


Uma novidade é introduzida nesta longa trama: o final fica ao encargo do espectador. Não sei até que ponto é que esta inovação será um marco na produção portuguesa de novelas, uma vez que a longevidade e o horário para o qual a novela foi empurrado tornou-a uma espécie de "assombração" na programação. 

Quem ainda assiste a esta novela? Decerto poucas pessoas, os seguidores mais resistentes. 



A novidade introduzida é que calha ao público escolher a identidade do assassino que, ao longo de praticamente um ano e meio, tem somado vítimas. Para o fazer basta votar, através de TELEFONE, em três possíveis candidatos: as irmãs maria, Evangelina e Sara

Com isto verifiquei o pouco entusiasmante que é já saber quais são as possibilidades. Mais nenhum outro pode ser o assassino. A coisa está entre estes três. E pode ser erro mas julgo que a escolha vai recair sobre Sara, caso seja de facto por votos que a decisão é tomada. Sendo o público a escolher, esta é a única personagem que não pertence ao núcleo cómico e as pessoas gostam de quem as faz rir. Sara é dramática, teve comportamentos recrimináveis entre outros tantos admiráveis.

Julgo que o "promo" foi pela primeira vez para o ar apenas na quarta-feira, a três ou quatro dias da emissão do final. Durante a novela surge em rodapé pop-up as três possibilidades, cada qual acompanhada de um número de telefone para o qual se pode ligar. Existe também o sorteio de 10000€, chamarizes que já vêm a ser habituais, mas o que me intrigou foi o dizer "prémio garantido". Será para todas as participações?

Adiante... 
Esperemos que, independentemente sobre quem recai a escolha, esta consiga ser bem justificada. Não há muito que adivinhar: trata-se de uma vingança perpetuada por quem se viu sem nada ou sem um membro familiar, que foi assassinado. Provavelmente esta será o «porquê» que sempre se quer entender. No caso das três irmãs Muleta Negra, nunca existiu uma explicação para a morte da quarta irmã, o que deixa o autor livre para criar um link que justifique a morte de Clarinha e todos os assassinatos. No caso de Evangelina, sozinha no mundo, também não e difícil de compreender que fosse uma assassina, embora sendo ela tão amiga e próxima de alguns membros da família assassinada, isso se tornasse pouco prático. Ainda mais estando grávida do filho de um Monforte. "Sara" supostamente era conhecida na Aldeia do Mundão desde pequena, onde se terá apaixonado por dois rapazes. Conheciam-lhe a família pobre, agora arranjaram-lhe uma irmã... caso seja a assassina aguardo que expliquem bem as suas origens.

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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Teresa Sousa Prado uma assassina?

A primeira página de uma revista dá a conhecer novos desenvolvimentos na novela "Dancin'Days".
Um deles é a morte de Francisco (Júlio César), assassinato pela esposa (Teresa Sousa Prado), que sabendo da sua infidelidade empurra-o de uma montanha nos Alpes.

Quando li isto não gostei. Não acho que o acto tenha a ver com a personagem. "Teresa" é uma das minhas personagens favoritas e transformá-la numa assassina parece exagero. A personagem é rica em muitas outras vertentes. Fazia mais sentido ser "Francisco" a matar "Teresa", já que dela está cansado e não suporta a sua presença por muito tempo. O mesmo artigo revela que esse foi o desfecho original de Dancin Days e ao ler isto fez mais sentido na história. A morte de "Teresa" iria também fazer os filhos reflectir sobre a sua relação com a mãe e as suspeitas que pudessem recair sobre o pai iriam alertá-los para o carácter do pai.


"Teresa" é uma  mulher que recebeu uma educação de família de posses, ela tem valores familiares. Está certo que existem socialites que já foram capazes de «eliminar» os companheiros sem pestanejar, mas neste caso creio que o amor aos filhos e os valores jamais transformaria Teresa numa assassina calculista e fria. Num momento passional ainda poderia ser mas parece-me exagero o planeamento. Até porque "Francisco" jamais partiria de férias com a mulher, tal como jamais o fez durante todos estes anos, a menos que isso lhe trouxesse a vantagem de usar a viagem como pretexto para ocorrer um "acidente" que vitimasse a esposa.


Mas vejamos o que os autores vão fazer para tornar esta história cada vez mais emocionante.

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Personagens trocadas em LOUCO AMOR



O episódio da novela Louco Amor de ontem (TVI) mostrou a morte de "Leonor" (Susana Borges) que morre assassinada em consequência da encenação de um roubo com vista a assassinar a tiro ora a própria Leonor ou Carlos (a mando de Rafael) ora Margarida (a mando de Patrícia).


E assim, numa suposta bala perdida que foi claramente intencional, desaparece uma personagem encantadora para ser substituída por outra. O final do telejornal da TVI anunciou hoje num trocadilho «ranhoso» que Luciana Abreu é a nova "cara que não é estranha" na novela Louco Amor. Ela aparece para... aparecer. E para atrapalhar ainda mais aquele romance sem sal e mal interpretado e escalado de "Margarida e Duarte". Mas por quanto tempo temos de ver aqueles dois a fingir que existem motivos fortes o suficientes para estarem separados até o último episódio?

Com a morte de Leonor, "Carlos" ficou de rastos. Foi o que todas as personagens comentaram, e mais que uma vez, para ver se acreditávamos. Embora "Carlos" não tivesse gritado, barafustado ou chorado mesmo no quente da situação, ainda assim todas as personagens reforçaram esta ideia. Não fosse Gi soluçar um pouco, nenhuma das personagens mais próximas da "defunta" mostrou esse tipo de consternação.

E Gi, coitada, dou-lhe razão nos seus argumentos, mas está no guião que a personagem tem de alienar aqueles que lhe são próximos e, ao que parece, nenhum deles estará na disposição de a tentar compreender e auxiliar sem a condenarem ao primeiro erro. 

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terça-feira, 11 de setembro de 2012

A voz off no final das novelas - chamariz


A  novela da TVI terminou o episódio de hoje e surge a voz-off:

«Boa noite, juntos criamos a sua televisão, em português, com ficção nacional.»  - não precisei de ouvir mais nada para me lembrar que a novela Gabriela estava a dar na concorrência, estreando hoje.


Pouca coisa é por acaso e decerto que não foi por acaso que não foi para o ar aquele período enorme de anúncios publicitários entre novelas da TVI. A voz-off lá continuou a narrar a sua chamada de atenção:  «Já a seguir, Esperança vai regressar ao passado em Doce tentação» -   e foi mesmo logo a seguir. Não satisfeito, ao invés da voz terminar a sua despedida com a habitual e repulsiva frase: "Deixe-se ficar, vai ver que vai gostar", que me nauseabunda os sentidos ao ponto de mudar de canal imediatamente para me poupar à pronúncia destas melosas palavras, a voz ainda consegue mencionar que Remédio Santo se segue com os últimos episódios e reforça uma vez mais: «já a seguir, com Doce Tentação. Boa noite. Até já». E soam os primeiros acordes da música do genérico da terrível novela que é Doce Tentação.


São pequenos detalhes que vão passando para o espectador um pouco dos «bastidores» das audiências, do funcionamento da televisão. 
Até o próprio desfecho de "Remédio Santo" pode ter sido esticado (porque foi) propositadamente para coincidir com esta semana em que estreia na concorrência o remake de Gabriela, uma novela que possui um título especial, e sempre o ostentará. "Gabriela" é a razão pela qual a voz-off da TVI mencionou hoje que numa televisão feita «em português», convém distinguir que a TVI dedica-se à «ficção nacional». 

 Nota complementar 
Consultei as páginas das principais novelas da TVI e da SIC no facebook e não existem dúvidas: até online Dacing'Days tem a preferência. E não é de surpreender. É uma página mais dinâmica, que coloca perguntas aos leitores, interactividade com os actores e dinamismo. Os comentários revelam interesse, curiosidade e entusiasmo por parte dos leitores.

A página online da novela da TVI parece feita por alguém que não quer saber daquilo. Distante e fria, não apela ao espectador. Não descreve a trama, limita-se a publicar títulos com pouco mais de três ou quatro palavras. Por vezes o destaque nem menciona o nome da personagem. Nem sempre dão destaque ao principal da trama, os posts são pequenas imagens com hiperligações para o episódio no site oficial e nem sempre estão actualizados. Nenhum dá um "cheirinho" do que para aí vem - coisa que já se conhece pelas revistas. Os comentários são essencialmente SPAM. 
 Ao não colocar questões ao público (big, hudge mistake - como diz a mítica personagem de Julia Roberts no filme Pretty Woman erguendo os sacos de compras numa loja em Rodeo Drive da qual foi expulsa como cliente) estão a declarar um desconhecimento atroz sobre os gostos do público e as tendências das novas tecnologias. 

Os posts pouco entusiastas da página oficial da novela Louco Amor da TVI remetem para o leitor a obrigação de se informar, (só têm «título» e está em falta uma breve descrição do acontecido), deixa a dedução para o leitor (impondo-lhe o conhecimento da trama) e a explicação, para o link na still photo.

Mas estas explicações, vão de graça!



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domingo, 9 de setembro de 2012

Onde já vi isto antes? - as semelhanças entre "Por Amor" e actuais novelas

Um momento de nostalgia que me remeteu para os posts sobre a novela da Globo "Por Amor" (1997) fez-me perceber que esta novela e o actual remake de Dancin Days ou mesmo a portuguesa "Louco Amor" têm muitos temas em comum. Ora vejam:

Homossexualidade no casamento:
Rafael e Virgínia (Por Amor) - Aníbal e Áurea (Dancin Days)

A matriarca autoritária e controladora:
Branca (Por Amor) - Teresa (Dancin Days)

Imaturidade no casamento jovem:
Marcelo e Eduarda (Por Amor) - Gui e Mariana (Dancin Days)

O marido infiel com amantes interesseiras:
Arnaldo (Por Amor) - Francisco Sousa Prado (Dancin Days)

Atracção pelo companheiro da melhor amiga:
Flávia e Atílio (Por Amor) - Gi e Carlos (Louco Amor)

A paixão obsessiva:
Laura (Por Amor) - Patrícia (Louco Amor)

E para matar saudades, aqui fica uma deliciosa cena de "Por Amor" em que as consequências da obsessão doentia de Laura resultam num desfecho que podia ser trágico.  Uma excelente interpretação de Viviane Pasmanter, que  em nada fica a dever à «nossa» ciumenta "Patrícia", tão autenticamente interpretada por Sara Prata na novela portuguesa "Louco Amor" (2012 TVI).


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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Tomás (eles existem!) - Louco Amor

Em novelas reproduzem-se muitas histórias que despertam emoções ao espectador, mas aquelas que nos tocam em especial são aquelas que, de repente, percebemos que podiam ser as nossas. É por isso que enquanto adolescentes a ver novelas, nos centramos nas personagens jovens e suas paixões e problemas familiares e não tanto nos amores e dissabores das questões laborais. A menos que se passe por isso,    directa ou indirectamente, já em jovem idade, uma mensagem sobre o universo laboral está para quem ainda não passou por isso apenas entre o "bem" e o "mal", o "correcto e o errado", faltando a experiência. E é por esta razão que hoje vou destacar a personagem "Tomás", da novela Louco Amor (TVI). 

Recentes cenas que foram para o ar fizeram-me perceber que já tive um "Tomás" como colega de trabalho. É o tipo de indivíduo engatatão, que lança charme a todas as mulheres que lhe aparecem pela frente, diz abertamente que só lhe interessam as jeitosas mas até as que diz serem trambolhos espera que se rendam ao seu charme e se derretam com as suas frases pirosas e opiniões sempre críticas. Quase sempre este tipo de profissional entrega-se a uma função individualista, onde só ele possa comandar e detesta ter de responder seja a quem for. Funções simples que não exijam grande raciocínio, só técnica.  Espera sempre ser ajudado e queixa-se frequentemente, mas dificilmente se disponibiliza a ajudar, a menos que tenha algo a ganhar. Não tolera escutar ninguém dizer nada sobre o trabalho ou sequer admite a alguém esse direito e apresenta-se logo como o melhor no seu campo. E quando cisma com alguém, nada o faz parar. Podem passar anos, o seu intuito nunca desaparece. 

Nos últimos capítulos da novela "Louco Amor", Tomás está a tentar expulsar Gi da empresa e para isso pretende que todos pensem que ela é má profissional. Lá vai fazendo os seus comentários depreciativos mas o estratagema mais recente foi retirar do lugar os microfones que esta havia guardado, para depois a poder acusar de ter falhado e colocado a empresa em risco, e assim se sentir no direito de exigir que Gi não volte sequer a dar a sua opinião sobre qualquer coisa que diga respeito à sua função. "Comigo as coisas nunca dão problemas. Ontem com a Gi deram" - diz numa calma fria. Ele também já havia sabotado o quadro de electricidade causando danos de milhares de euros e depois também se recusou a ajudar a servir às mesas quando o trabalho ficou mais intenso e faltaram "mãos" para a quantidade de clientela. "Não. Eu não aceito ordens tuas." - foi logo o que o empregado disse à supervisora, num tom prepotente e arrogante. Além disso, está a fazer chantagem com uma rapariga e é capaz de formar alianças para destruir alguém.

Este "Tomás" da ficção encaixa-se perfeitamente no Tomás da realidade. Que crápula, não é mesmo? E é nisso que as novelas fazem sentido. Ás vezes diz-se que nas novelas tudo é exagerado, mas isso não é verdade. A ficção imita a realidade, até no absurdo. Além de mau profissional, anti-social, criminoso, ambicioso e mulherengo, tem também algo de psicopata, pois "Tomás" sentiu-se satisfeito ao provocar a morte de um outro rapaz. Ele não olha a meios para atingir os seus objectivos, nenhum deles honroso. 


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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Valentes Gargalhadas com Dancin Days


No episódio de hoje de Dancin'Days foi impossível não dar umas sentidas gargalhadas. As cenas nem são feitas só para rir, mas conseguem. Com aquele humor bonito, bem feito, ligeiro e circunstancial. Assim foi com algumas personagens: Cristóvão (Pedro Diogo), Ivo (Miguel Costa), Alberto (Igor Sampaio), Amélia (Catarina Avelar) e Áurea (Custódia Galego). 

Pedro Diogo (Cristóvão) já nos tinha divertido bastante com a sua personagem anterior em "Laços de Sangue", onde interpretava César, um empregado de café muito, mas muito chato e trapalhão, mulherengo, com opinião sobre todos os assuntos e ambições de ser um treinador de futebol melhor que Mourinho. Agora na novela Dancin'Days, ele interpreta "Cristóvão", um rapaz contido, que se diz virgem, é tímido e vive numa paixão platónica. Logo na primeira cena em que surge deu para perceber que não existia ali nenhum vestígio da personagem anterior. O que por vezes é difícil, dado que o actor que "empresta" o corpo à personagem é o mesmo. Mesmo quando as personagens encontram-se em extremos opostos, muitos actores carregam consigo alguns tiques, formas de comunicação gestual, maneirismos ou entoações que em certos momentos fazem lembrar outras personagens. Na minha opinião alguns actores nunca se livram deles, tornando as suas interpretações menores, quando deles já são "prisioneiros". Mas isso não aconteceu com Pedro Diogo. A sua transformação de uma personagem para a outra foi a que mais me impressionou, foi muito evidente logo na primeira aparição, e é delicioso.


No capítulo de hoje Cristóvão diz a Ivo que teve sexo com Sónia. Os dois sempre acharam Sónia uma rapariga sem interesse e muito oferecida pelo que Ivo, que é hipocondríaco, faz uma careta de nojo e   começa a falar das doenças que devem "habitar" Sónia e o «"Ahh"» de medo que Cristóvão faz é  suficiente para se soltar de mim uma longa gargalhada. 

A cena continuou mas cativou logo ali. Logo de seguida temos um pequeno detalhe numa cena mais dramática, em que Áurea (Custódia Galego) recusa-se a ir ao psiquiatra e o pai, farto da sua doença, grita-lhe e responde-lhe que já lhe tinha ocorrido interná-la como doida. Depois arrepende-se e diz que não devia ter dito aquilo, ao que a empregada o sossega respondendo-lhe que ele disse o que precisava ser dito. Mas como os dois, empregada e patrão andam sempre a discordar, Alberto (Igor Sampaio) diz algo deste género:
-"Mau. Se nós os dois estamos de acordo, então eu devo ter errado"  -  a expressividade e o timming são tudo e achei que isto teve um piadão.

Depois foi a vez de Aúrea (Custódia Galego) ir para a pista de dança esfregar-se em todo o rapaz bonito que lhe aparecer à frente. Estes dão meia volta e desaparecem, mas ela não desanima e o próximo que os seus olhos vêm é aquele que ataca. Chega-se e sem problemas começa a atirar-se a mais um. Este também foge e ela dirige-se a outro. Sem cerimónias ou embaraço, desvia-lhe a namorada do caminho e tenta forçá-lo a dançar com ela. A forma como todos estiveram em cena fez-me rir.


Gosto de humor assim. Gosto de todo o tipo de piada mas esta é a que mais aprecio. É um tipo de humor que faz-me lembrar o melhor das sitcoms dos anos 80, humor que não tem de vir revestido de sketch ou anuncia-se. 


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O machado da discórdia

Saiu na imprensa: vão existir cortes no elenco da novela "Louco Amor" e as DUAS (somente) personagens escolhidas para sair de trama são Custódia e Leonor (Isabel Medina e Suzana Borges). 

Nunca como nestas duas últimas semanas se viram tantas cenas com estas duas num só episódio de novela. E se "Filipe" (Tó Zé Martinho) repetir mais uma vez que "Leonor" corre perigo de vida devido à reportagem de Carlos acho que grito! Já percebemos que a coitada vai ter de morrer à força toda. Porém lá escreve o seu "caderninho de memórias", decerto será útil para comprometer alguém no futuro sem que a personagem precise estar presente. 

Se concordo com estas saídas, não sei, porque não se entende a NECESSIDADE para os cortes. O motivo. Se foi uma questão de contenção de despesas, então se calhar deveriam "cortar" mais cabeças. Se cortaram estas em particular devido a um ordenado mensal superior ao desejável, já que ambas contam com  uma carreira já reconhecida, não sei. Se é politiquices, também não sei... Nem interessa. Mas levanta a questão: se fossemos "cortar" personagens da novela "LOUCO AMOR", em quem é que nós, público, colocaríamos a machadada?


Louco Amor estreou na TVI bem antes de Dancin'Days estrear no mesmo horário na SIC. Mas quando digo «mesmo» horário estou a falar muito sério. Ao segundo de sério. Durante muito tempo a novela da SIC guiou-se pela emissão da da TVI para ditar a durabilidade da sua novela. A estratégia parece ter resultado e de momento já a abandonaram. Dancin'Days é agora a novela que começa um minuto depois da outra e termina também mais cedo. Agora talvez seja a TVI a colocar mais cedo a sua novela no ar e a tirá-la um pouco depois,  para ver se o público "perde" a outra. 

Na verdade, Dancin'Days tem um ritmo menos parado e embora Louco Amor tenha muito desenvolvimento, é mais estagnada e alguns núcleos não têm tanto interesse por viverem situações que já foram vistas da mesma forma "n" vezes. (PEX: para quê uns três ou cinco capítulos só para se falar de uma insignificante "serenata"??) 
Dancin é mais apelativa e ritmada. Em poucas semanas tivemos um casamento, um parto, uma traição, um retorno, um divórcio, outra traição, outro retorno, outra traição, um tiro, outra traição, mais outra traição de consanguinidade, uma doença, um desentendimento, outra traição  loool  :)


 Os "cortes" de elenco de Louco Amor podem dever-se ao momento em que "Dancin" ultrapassou a novela nas audiências. Mas pode uma «machadinha» alterar alguma coisa? Penso que não. Até porque as personagens que saem, embora de início não parecessem ir muito além, acabaram por ter algo para dar.

 Outras existem que pouca relevância têm ou se têm, bem que a podiam perder. Acho "Duarte" um banana, a coisa não está bem conseguida entre o que devia ser e o que é. Mas entendo que como personagem que namora com a principal vá ser precisa no núcleo. Na Brodway colocaria umas boas machadadas. Aquele elenco vai progredir para onde? De que interessa ver aquela relação sem  sabor de Ricky com a empregada de mesa/cantora? E convenhamos: os papéis que calham a Ruy de Carvalho são variações do mesmo... ele é sempre o avôzinho bonzinho que trabalha numa loja de comércio e mete-se na vida de todos, principalmente na das criancinhas. Também já se viu outras tantas vezes. Pelo mesmo critério, mais uma milionária para Simone de Oliveira... Pelo menos, ela lá varia entre ser um tanto "mázinha" ou "boazinha". Vá lá... Ruy de Carvalho é sempre o bonzinho, mas sempre do mesmo tipo.  


E por mais que adore ver a forma como a actriz que faz de "Patrícia" consegue levar aquela personagem, interrogo-me se alguma vez esta terá outra progressão além daquilo que começou a se revelar no início da novela. Sei que ela ainda tem de conseguir separar mais uma vez o casalinho ou fazer mal de alguma forma a eles ou a alguém próximo deles, mas ainda assim em termos de progresso, não sei se a personagem permite muitas variações, embora tenha a certeza que está tão bem entregue que assim vai parecer. 

Talvez também colocasse o machadinho em "Mafalda". Já perdeu o seu "Rui" e ficou de luto de forma pouco convincente, na verdade bem que podia ter «voado» daquela varanda abaixo junto com o seu «amado», colada no colarinho deste até se estatelar no chão. Isto se formos a levar em conta apenas as personagens que não têm muito interesse para a trama, ou nela não sobressaem por aí além, ainda que se desconheça a forma como o autor(es) pretende as relacionar.


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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Remakes a MAIS!

Como se já não bastassem "O Astro" e "Dancin Days", a SIC vai emitir o remake de "Gabriela", outra novela da Globo que fez sucesso nos anos 70.


Falo por mim mas não sinto grande apelo por esta "Gabriela" nem por remakes no geral. Não que não goste da ideia, porque gosto sempre desde que me mostrem um produto bem feito, convincente e cuja história me agarre, porque não basta "acenar" com um nome sonante de um sucesso passado para servir de atractivo. E a meu ver, o recurso aos "engarrafados" já começa a cansar. Três de uma vez?? O que mais prezo nisto de fazer novelas é a criatividade e quando se cruzam os braços e aceita-se copiar, bem ou mal, algo que já está estruturado num guião, tratam-se de facilistismos que podem prejudicar o resultado. Bem sei que tudo é "copiado", ou melhor, re-inventado vezes sem conta, mas existe uma diferença entre fazer a 199ª versão de "Romeu e Julieta" e fazer um "remake de..." e essa pode ser  o comprometer da componente artística, criativa, a visão. 

A busca pelas audiências junto com a suposta poupança devido à crise que não surgiu hoje, convém frisar, conduzem a produção noveleira por estes caminhos regressivos, tentando lhes dar um ar "fresco", mas, até agora, ainda não vi um remake de novela que conseguisse superar os encantos do original ou não falhar gravemente em certos temas. Não por lhes faltar conteúdo, história ou outros atractivos, mas porque os "encantos" não são fáceis de copiar. Aliás, nunca se copiam ou se reproduzem. E por isso tantas vezes um remake fica "aquém".  


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terça-feira, 14 de agosto de 2012

Louco Amor - históriass


O episódio de hoje da novela da TVI "Louco Amor" teve como principal desenvolvimento a morte de "Rui", uma personagem que entrou na trama para ser "assassinado" por Tomás, que não gosta que este lhe tivesse tirado a namorada rica. Vai então e numa discussão o rival acaba estatelado no chão, após cair de um terceiro andar.

Acontece que na  manhã seguinte Berta informa Óscar, tio de Tomás, do falecimento do "namorado da Mafalda". Falam, falam e JAMAIS Óscar faz a pergunta óbvia: "Como é que isso aconteceu?"


Já reparei que nas novelas NUNCA fazem esta pergunta óbvia quando são informados da morte súbita de alguém. Ainda mais quando se trata de alguém jovem que ainda à instantes estava vivo e com saúde. Parece-me a pergunta óbvia mas Óscar fica apenas a saber que o rapaz morreu em frente à namorada Mafalda, e não pergunta como

Uma morte em consequência de uma queda de um terceiro andar não é propriamente o mesmo que morrer de causas naturais... Tem de existir investigação, autópsia ao corpo, medições no local, interrogatório da única testemunha... mas na novela, na manhã seguinte à morte que decorreu de noite, o corpo já tinha ido "para o Norte", para ser enterrado. Duvido muito que apenas umas meras 8h nocturnas, máximo, chegassem para tudo isso...


E já que escrevo sobre discrepâncias, há muito que estou para falar de Ricky e o seu vocabulário.
Supostamente deveria ter piada o facto da personagem trocar palavras por outras parecidas mas com significado muito diferente. Metem o jingle cómico, colocam as personagens ao redor a dar risadinhas, mas piada, não tem NENHUMA. Ainda por cima uma pessoa que não sabe falar correctamente a língua portuguesa por falta de melhor formação não costuma equivocar-se da forma com que Ricky se engana. Trocar palavras foneticamente parecidas não é o mesmo que as pronunciar mal. Ricky limita-se a trocar de significado e isso é exactamente o que não é habitual acontecer com quem se engana ao expressar-se em português.  Isotérico e Isotérmico assim como outros exemplos, não tem piada nenhuma, pois trata-se apenas do uso de palavras de fonética parecida, ao invés de se aproximar da realidade que é não conhecer bem as palavras e trocar algumas sílabas, normalmente as menos conhecidas, por outras, mas sem criar uma palavra já existente e com outro significado. No exemplo da palavra acima dada, "Isotémico", "Isotrémico" ou algo do género se aproximaria mais do real oral. Mas a troca de palavras por outras de significado diferente mas fonética parecida não tem qualquer sentido.

Outra coisa que não me convence pessoalmente é esta suposta falta de "cultura" e conhecimentos de Ricky. Simplesmente não convence, assim como não fico convencida que "Berta" é o seu oposto intelectual. Principalmente quando numa das cenas mais importantes para a personagem, logo no início da novela e após se perceber que esta passa a vida a corrigir "Ricky", quando o namorado ajoelha-se no meio da rua para a pedir em namoro, "Berta" responde-lhe:
-"Alevanta-te! Alevanta-te vá!".

Ora, heis o perfeito exemplo do que é falar mal! Não se trata de usar outra palavra parecida, mas de recorrer a um mau hábito linguístico comum. E "Berta", coitada, para mim perdeu logo tanta credibilidade ao mandar "Chico" alevantar-se!!

Outra discrepância que sempre ocorre nas novelas quando se dá uma morte por queda de um andar, é que o corpo parece que ganha asas e vai parar a metros de distância da parede do edifício. A verdade é que isso não acontece. Teriam de existir condições muito especiais, como uma altura brutal e uma velocidade enorme de vento. Estou a lembrar que infelizmente vimos isto acontecer aquando o incêndio nas Torres Gémeas em NY. Mas em televisão e cinema, deve ser por uma questão de ângulo e enquadramento que os corpos estão sempre a uma distância considerável do passeio. Para usar de precisão, todos eles vão parar à estrada.

E Margarida, para quem é suposto ser hiperactiva ao ponto de acordar de madrugada para fazer limpezas profundas, ir para a faculdade e depois trabalhar de noite até às 2h da manhã (deve dormir 3h por noite) é muito paradinha. "Carlinha", ao lado dela, lavava a louça com maior credibilidade no episódio que hoje foi para o ar.  Não é a  primeira vez que "Margarida" não convence nas coisas que faz, mas além disso também está a virar demasiado parva ao acabar o namoro sem questionar se Patrícia está a ser verdadeira e ainda por cima vai ter com ela para lhe contar que desiste do namorado e ao meter-se num bairro perigoso por não poder esperar 24h para se encontrar com um "tio" que nunca viu e que sabe ser criminoso e revoltado com a irmã, para assim que o vir abrir a boca para dizer: "Dá-me um rim!". Só se o indivíduo morrer de morte cerebral no decorrer da sua actividade criminosa e como a lei portuguesa desde de 1994 dita que somos todos DADORES de órgãos a menos que estejamos inscritos no RENNA (Registo de Não Dadores), é provável que lá consiga o rim. Mas é incrível como a personagem se chega perto de um parente de quem nunca antes quis saber e à porta de uma igreja simplesmente lhe diz: pode dar um rim?  -  como se fosse uma coisa banal. E depois de perceber que o indivíduo não podia doar nem uma gota de sangue, o interesse por esse parente que 20 anos antes fora abandonado por toda a família que nunca quis saber dele, desapareceu novamente. 

E toda a "campanha" na novela que visa a recolha de sangue para o Banco Nacional de Saúde, certamente irá desencadear que se desconfie do parentesco de Violeta e Margarida, ou melhor: de Carlos e Margarida. Se ambos tiverem sangue do raro, sobressaem dos restantes. Seja como for, Margarida, que estuda veterinária, poderá aqui ter a hipótese de descobrir por ela mesma que seria impossível ser filha e neta de quem julga. Nas novelas o tipo de sangue ajuda sempre, visto que alguém sempre tem o mais raro.

Apesar de tudo isto, Louco Amor é uma boa novela, mas ao contrário de Dancin Days, que por ironia é um remake, é mais fácil de adivinhar as histórias das personagens. Que "Berta" é rica e tem um pai empresário, isso já há muito que todos perceberam, assim como a ascendência de Margarida já está mais do que óbvia: ela é filha de Violeta com Carlos. Violeta deve ter engravidado na mesma altura em que Carlos estava casado e à espera de um filho. Esta é a parte que não ficou bem explicada: como é que eles passaram de casal para ex-casal ao ponto de Carlos a substituir por outro amor. Violeta sofreu muito e talvez até por sugestão da melhor amiga, que tinha a mãe na terra enquanto Violeta estava sozinha no mundo, aceitou que a criança passasse por filha de outra pessoa para que fosse criada longe da vida de acompanhantes de luxo que ambas levavam na cidade. Assim, Margarida pode receber uma educação normal, com transmissão de bons exemplos e valores. Foi um gesto altruísta de Violeta, que deu a filha para outra pessoa criar quando se fosse optar pela via prática teria abortado, coisa que não foi capaz de fazer sendo um filho de Carlos.

Carlos entretanto foi preso por matar a mulher, mas pelo que se percebe a irmã deste guarda um segredo sobre esse dia em que foi dado à esposa excesso de comprimidos para que não sofresse com a doença que a estava a matar. Cá para mim ambos os irmãos sabem que quem administrou os remédios foi Leonor. O primeiro admitiu o crime para poupar a irmã, o segundo ocultou o crime para penalizar o irmão. Visto que a personagem "Leonor" vai desaparecer da trama cometendo suicídio (transpirou esta semana numa revista), julgo que seria um bom desfecho, embora inicialmente as suspeitas recaíssem sobre Rafael e suas tramóias. Mas este também não pode ser responsável por todas as desgraças da novela, senão  não tinha graça só existir um vilão...

Entre tantos possíveis desfechos, a novela mantém o interesse e ainda os seus mistérios. Como e quando Chico vai perceber quem é Rafael? Como vai ficar a vida de Mafalda agora que é refém de Tomás? Correrá risco de vida após o casamento ou ficará protegida por Rafael e sua cautela com os bens? São tantos, tantos mais mistérios...



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