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terça-feira, 14 de agosto de 2012

Louco Amor - históriass


O episódio de hoje da novela da TVI "Louco Amor" teve como principal desenvolvimento a morte de "Rui", uma personagem que entrou na trama para ser "assassinado" por Tomás, que não gosta que este lhe tivesse tirado a namorada rica. Vai então e numa discussão o rival acaba estatelado no chão, após cair de um terceiro andar.

Acontece que na  manhã seguinte Berta informa Óscar, tio de Tomás, do falecimento do "namorado da Mafalda". Falam, falam e JAMAIS Óscar faz a pergunta óbvia: "Como é que isso aconteceu?"


Já reparei que nas novelas NUNCA fazem esta pergunta óbvia quando são informados da morte súbita de alguém. Ainda mais quando se trata de alguém jovem que ainda à instantes estava vivo e com saúde. Parece-me a pergunta óbvia mas Óscar fica apenas a saber que o rapaz morreu em frente à namorada Mafalda, e não pergunta como

Uma morte em consequência de uma queda de um terceiro andar não é propriamente o mesmo que morrer de causas naturais... Tem de existir investigação, autópsia ao corpo, medições no local, interrogatório da única testemunha... mas na novela, na manhã seguinte à morte que decorreu de noite, o corpo já tinha ido "para o Norte", para ser enterrado. Duvido muito que apenas umas meras 8h nocturnas, máximo, chegassem para tudo isso...


E já que escrevo sobre discrepâncias, há muito que estou para falar de Ricky e o seu vocabulário.
Supostamente deveria ter piada o facto da personagem trocar palavras por outras parecidas mas com significado muito diferente. Metem o jingle cómico, colocam as personagens ao redor a dar risadinhas, mas piada, não tem NENHUMA. Ainda por cima uma pessoa que não sabe falar correctamente a língua portuguesa por falta de melhor formação não costuma equivocar-se da forma com que Ricky se engana. Trocar palavras foneticamente parecidas não é o mesmo que as pronunciar mal. Ricky limita-se a trocar de significado e isso é exactamente o que não é habitual acontecer com quem se engana ao expressar-se em português.  Isotérico e Isotérmico assim como outros exemplos, não tem piada nenhuma, pois trata-se apenas do uso de palavras de fonética parecida, ao invés de se aproximar da realidade que é não conhecer bem as palavras e trocar algumas sílabas, normalmente as menos conhecidas, por outras, mas sem criar uma palavra já existente e com outro significado. No exemplo da palavra acima dada, "Isotémico", "Isotrémico" ou algo do género se aproximaria mais do real oral. Mas a troca de palavras por outras de significado diferente mas fonética parecida não tem qualquer sentido.

Outra coisa que não me convence pessoalmente é esta suposta falta de "cultura" e conhecimentos de Ricky. Simplesmente não convence, assim como não fico convencida que "Berta" é o seu oposto intelectual. Principalmente quando numa das cenas mais importantes para a personagem, logo no início da novela e após se perceber que esta passa a vida a corrigir "Ricky", quando o namorado ajoelha-se no meio da rua para a pedir em namoro, "Berta" responde-lhe:
-"Alevanta-te! Alevanta-te vá!".

Ora, heis o perfeito exemplo do que é falar mal! Não se trata de usar outra palavra parecida, mas de recorrer a um mau hábito linguístico comum. E "Berta", coitada, para mim perdeu logo tanta credibilidade ao mandar "Chico" alevantar-se!!

Outra discrepância que sempre ocorre nas novelas quando se dá uma morte por queda de um andar, é que o corpo parece que ganha asas e vai parar a metros de distância da parede do edifício. A verdade é que isso não acontece. Teriam de existir condições muito especiais, como uma altura brutal e uma velocidade enorme de vento. Estou a lembrar que infelizmente vimos isto acontecer aquando o incêndio nas Torres Gémeas em NY. Mas em televisão e cinema, deve ser por uma questão de ângulo e enquadramento que os corpos estão sempre a uma distância considerável do passeio. Para usar de precisão, todos eles vão parar à estrada.

E Margarida, para quem é suposto ser hiperactiva ao ponto de acordar de madrugada para fazer limpezas profundas, ir para a faculdade e depois trabalhar de noite até às 2h da manhã (deve dormir 3h por noite) é muito paradinha. "Carlinha", ao lado dela, lavava a louça com maior credibilidade no episódio que hoje foi para o ar.  Não é a  primeira vez que "Margarida" não convence nas coisas que faz, mas além disso também está a virar demasiado parva ao acabar o namoro sem questionar se Patrícia está a ser verdadeira e ainda por cima vai ter com ela para lhe contar que desiste do namorado e ao meter-se num bairro perigoso por não poder esperar 24h para se encontrar com um "tio" que nunca viu e que sabe ser criminoso e revoltado com a irmã, para assim que o vir abrir a boca para dizer: "Dá-me um rim!". Só se o indivíduo morrer de morte cerebral no decorrer da sua actividade criminosa e como a lei portuguesa desde de 1994 dita que somos todos DADORES de órgãos a menos que estejamos inscritos no RENNA (Registo de Não Dadores), é provável que lá consiga o rim. Mas é incrível como a personagem se chega perto de um parente de quem nunca antes quis saber e à porta de uma igreja simplesmente lhe diz: pode dar um rim?  -  como se fosse uma coisa banal. E depois de perceber que o indivíduo não podia doar nem uma gota de sangue, o interesse por esse parente que 20 anos antes fora abandonado por toda a família que nunca quis saber dele, desapareceu novamente. 

E toda a "campanha" na novela que visa a recolha de sangue para o Banco Nacional de Saúde, certamente irá desencadear que se desconfie do parentesco de Violeta e Margarida, ou melhor: de Carlos e Margarida. Se ambos tiverem sangue do raro, sobressaem dos restantes. Seja como for, Margarida, que estuda veterinária, poderá aqui ter a hipótese de descobrir por ela mesma que seria impossível ser filha e neta de quem julga. Nas novelas o tipo de sangue ajuda sempre, visto que alguém sempre tem o mais raro.

Apesar de tudo isto, Louco Amor é uma boa novela, mas ao contrário de Dancin Days, que por ironia é um remake, é mais fácil de adivinhar as histórias das personagens. Que "Berta" é rica e tem um pai empresário, isso já há muito que todos perceberam, assim como a ascendência de Margarida já está mais do que óbvia: ela é filha de Violeta com Carlos. Violeta deve ter engravidado na mesma altura em que Carlos estava casado e à espera de um filho. Esta é a parte que não ficou bem explicada: como é que eles passaram de casal para ex-casal ao ponto de Carlos a substituir por outro amor. Violeta sofreu muito e talvez até por sugestão da melhor amiga, que tinha a mãe na terra enquanto Violeta estava sozinha no mundo, aceitou que a criança passasse por filha de outra pessoa para que fosse criada longe da vida de acompanhantes de luxo que ambas levavam na cidade. Assim, Margarida pode receber uma educação normal, com transmissão de bons exemplos e valores. Foi um gesto altruísta de Violeta, que deu a filha para outra pessoa criar quando se fosse optar pela via prática teria abortado, coisa que não foi capaz de fazer sendo um filho de Carlos.

Carlos entretanto foi preso por matar a mulher, mas pelo que se percebe a irmã deste guarda um segredo sobre esse dia em que foi dado à esposa excesso de comprimidos para que não sofresse com a doença que a estava a matar. Cá para mim ambos os irmãos sabem que quem administrou os remédios foi Leonor. O primeiro admitiu o crime para poupar a irmã, o segundo ocultou o crime para penalizar o irmão. Visto que a personagem "Leonor" vai desaparecer da trama cometendo suicídio (transpirou esta semana numa revista), julgo que seria um bom desfecho, embora inicialmente as suspeitas recaíssem sobre Rafael e suas tramóias. Mas este também não pode ser responsável por todas as desgraças da novela, senão  não tinha graça só existir um vilão...

Entre tantos possíveis desfechos, a novela mantém o interesse e ainda os seus mistérios. Como e quando Chico vai perceber quem é Rafael? Como vai ficar a vida de Mafalda agora que é refém de Tomás? Correrá risco de vida após o casamento ou ficará protegida por Rafael e sua cautela com os bens? São tantos, tantos mais mistérios...



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