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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Já não se fazem boas novelas como antigamente?


Gosto de falar sobre novelas, sobre as impressões que elas me deixam, de como influenciam a vida, a sociedade, o que se aprende, o que não se aprende... Mas uma coisa que nunca me deverão ver fazer quando expressar uma opinião é recorrer aos bordões:

- "Já não se fazem novelas como antigamente!". 
- "Antigamente é que a Globo sabia fazer novela!"
-"Ah saudade, essa é do tempo em que se faziam boas novelas! Agora não prestam!"


Já havia explicado anos atrás que as novelas são tão boas quanto a nossa receptividade para as ver. Somos nós que vemos a nossa vida alterada e é mais do que normal que uma novela que conte aquela história que você já viu antes, comece a cansar. Os atores também são os mesmos, o ritmo também...


Mas será que já não se fazem grandes novelas? Acho que se fazem sim. Concordo que é difícil fazer uma boa novela, mais ainda nos dias de hoje. Mesmo que seja boa, a dificuldade está em mantê-la na memória das pessoas como a grande novela que é. Actualmente elas são um produto de consumo tão rápido, no meio de outros tantos produtos de consumo rápido, que mesmo sendo boa, dificilmente chega a memorável. Não quando temos computadores, internet, telemóveis, Ipods, Playstations, etc..

Se as novelas de antigamente eram «melhores», os tempos também eram outros. Foram anos em que a tecnologia como veículo de entretenimento se resumia a TV, cinema e pouco mais. Mas agora já não é assim e falta tempo para se fazer tudo o que se gostaria com os meios de que se dispõe.

Vejo uma novela como "Avenida Brasil" e penso: ora aqui está uma novela com potencial de vir a ser memorável. Se tivesse sido feita nos anos 80 ficaria tão conhecida como "Vale Tudo".

Mas já não dá. Não somos mais os jovens sem grandes responsabilidades de outrora, mudámos. As novelas e tudo o que mais gostamos parecem remeter sempre para os anos da adolescência ou infância. É assim em qualquer geração. Também já havia escrito sobre isso: as novelas que gostámos de ver na década de 80, não são as melhores novelas de sempre para quem nos anos 60/70 as começou a assistir ainda a preto e branco! Essas pessoas têm "Beto Rockfeller" e outros nomes que para mim não passam disso como as novelas mais memoráveis das suas vidas. E não serão?

E tal como os mais velhos, os mais novos também indicam como novelas favoritas algumas que, para os adolescentes de 80, não são nada de especiais. Vão buscar novelas da década de 90 ou mesmo do começo do ano 2000 e falam com nostalgia das mesmas, com saudade e vontade de ver de novo, como se elas fossem velhinhas e pertencessem a um passado bom, que não volta mais. "Caminho das Índias", "O Clone", "O Beijo do Vampiro"... novelas que já não disseram muito aos adolescentes de 80, que são apontadas como as melhores para os adolescentes de 2000.

Cristiana Oliveira, a "Juma" de "Pantanal"
Mas nisto tudo existe sempre um consenso. E a prová-lo esteve a re-exibição da novela "Pantanal" no Brasil, faz já quatro anos. Eu não tive dúvida que a novela ia agradar um novo público, conquistando-o e arrebatando-o como este não estava à espera que viesse a acontecer. E graças a isso, parte dos adolescentes de 2000 puderam apreciar uma novela de 90 e acharam que era uma delícia. Alguns nem eram nascidos quando a história foi gravada. 

Por isso, as novelas que vemos na adolescência são as melhores e mais marcantes. Algumas são-no mesmo e se voltarem a exibir, voltam a conquistar. Histórias bem contadas que não têm idade! E se formos a ver, hoje ainda se fazem umas tramas danadas de boas. Mas dificilmente conseguem ser memoráveis, a menos que o espírito de quem as vê pela primeira vez as descubra como um tesouro desconhecido, que acrescenta algo a uma certa inocência particular da juventude. 

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