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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Windeck - novela angolana na RTP1

Windeck é, desde há três semanas, a nova novela angolana com alguns actores de Portugal a ser exibida na RTP1. Praticamente a sua estreia não foi divulgada, o que não é novidade no canal estatal. Veio ocupar o horário de Éramos Seis, logo após o telejornal da uma e relegando esta segunda para uma exibição posterior e de duração cortada para metade.

Windeck, pelo que vi, tem um bom texto. O texto é bom, o que fazem com ele nem por isso. A história não tem nada de especial. Homem, mulher, disputa... Nada de novo. Tenta dar um ar "moderno", avançado mas se funciona ou não só lá em Angola poderão dizer. Entre uns bons e outros mais ou menos, o produto surge, aos meus experientes olhos noveleiros, como algo que se vê sem prestar atenção à história. Vê-se para rir. Porque às tantas, aquilo dá mesmo piada. Seja pela forma como os atores apresentam o texto com menos credibilidade ou com excesso dela. Há momentos comecei a gargalhar, e não foi por maldade, mas numa cena em que uma mulher tem de ser enciumada, a interpretação não é credível e é exagerada, com o cabelo da peruca a balouçar e as mãos de unhas pintadas de cores garridas a serem lançadas constantemente à cabeça. Acho que ri a bom rir por um minuto e meio! Só à conta desta cena.


Em termos de imagem, tenta inovar, apostando como sempre, em cenários luxuosos, pessoas com dinheiro e sucesso e nas "gajas boas", nas figuras femininas de cintura exageradamente fina - no caso desta novela, altas, como se saídas de uma passarele. Os gajos já não: podem ser o que quiserem: gordos, baixos, carecas ou mais geitosinhos. Elas forçadamente têm de sofrer uma transformação "americana", com vestidos que se querem modernos (nem sempre conseguem e alguns parecem que sairam da década de 80 diretamente da série O principe de Bel Air), cabelos frisados esticados ou em cachos, maquilhagem qb, luxo à sua volta como requer um bom folhetim e tudo o que a sociedade ocidental "estipulou" como desejável para todas as mulheres. (Uma nova forma de mulher-objecto). Imagino se, lá em Angola, que não conheço sem ser por ouvir falar e da boca de conterrâneos, uma sociedade que ainda tem raízes muito profundas em estilos de vidas mais simples e em que um homem pode ter não-sei-quantas mulheres além de outros hábitos culturais relacionados com práticas do oculto, imagino eu um desses homens a ver esta novela. Será que segue a história ou simplesmente está ali para ver as mulheres bonitas?

Seja como for, Windeck tenta dar esse passo e romper na medida do que pode, com o passado, rumo à inovação. A fórmula não me parece nada nova, mas o esforço está lá. Preferia - mas isso sou eu, uma história bem Angolana, real, verdadeira. Uma que mostrasse bem aquele "chão", a sociedade e os novos desafios, que revelasse tudo o que por lá passa e se deixasse de agarrar tanto ao glamour e histórias de fantasia. Algo romântico sim, porque novelas é isso mesmo, mas também cru, real, verdadeiro. Uma espécie de "Pantanal" da verdade Angolana.

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