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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O próximo REMAKE devia ser...

Recentemente o Globo decidiu gravar uma nova versão da novela "Guerra dos Sexos" (GS) e foi o que se viu: um desastre! De todas as novelas que podiam ser feitas e adaptadas aos dias de hoje, GS foi talvez a escolha menos adequada. Não só porque 20 anos se passaram, mas principalmente porque o fio condutor da história está completamente ultrapassado. 


TOP MODEL, novela que estou a rever graças a tecnologias que em 1989 não existiam, está a mostrar-me que ESTA É uma novela que podia muito bem ser refeita. Nem os sinais da passagem do tempo iriam prejudicar um remake da trama. A existência de um telemóvel e outras tecnologias não fariam diferença. O remake desta novela é totalmente viável e com grandes possibilidades de atingir igual ou mais sucesso, se ao menos conseguissem reunir um elenco tão especial quanto foi o de então. 

Nuno Leal Maia (Gaspar), Malu Mader (Duda), Cécil Thiré (Alex) e Rodrigo Penna (Jr)


1) A NATURALIDADE
EM Top Model, algumas personagens - principalmente as infantis, parecem-se essencialmente com eles mesmos. Todos têm um aspecto real, clean, verdadeiro. Mesmo um cabelo pintado não tem aquele aspecto de cabelo demasiado produzido e sempre no lugar que há anos invade a teledramaturgia brasileira. Todo o pessoal da praia anda despenteado pelo vento como é natural acontecer. Combinando com o cenário: as ondas do mar. Ninguém tem extensões ou acrescentos de coisa alguma. Tudo é real: os peitos das garotas não são duas bolas de silicone implantadas no meio do tronco, "Duda" (Malu Mader), a TOP MODEL da história faz o género "tábua" e é isso que lhe dá charme e torna possível ela usar roupas decotadas até o umbigo e ser modelo. Outra com as costumeiras bóias ao peito não iam conseguir usar aqueles decotes quadrados que descem até os quadris. Não se notam PLÁSTICAS e retoques notórios nos rostos dos protagonistas. Ter protagonistas com ar natural faz os olhos acreditarem naquilo que estão a ver. As pessoas aparentam ser tão naturais quanto a paisagem do mar. Ali não estou a pensar: "olha o olhar estranho deste". "O que se passa com o rosto desta?". "Que peito horrível!" - coisas que indubitavelmente me passam pela mente hoje, ainda que não queira, e que atrapalham a história, porque se misturam com a visualização. São uma "distração". Se hoje fosse possível reunir um elenco natura, em que as alterações estéticas não atingem camadas tão jovens quanto as idades que vemos retratadas nos filhos de Gaspar (15 anos para baixo), só isso aumentaria o potencial do remake da novela como um novo êxito.

 2) A MODA
Convenhamos que aqui a mudança teria de ser radical. O que seria um desafio delicioso para os criativos da Globo. Nos finais da década de 80 moda era usar roupas King Size - três números acima, tudo cheio de pano. Quanto mais pano de xadrez, listas ou de uma cor sólida desde com um exagero de acessórios iguais pelo cabelo, pulsos, pescoço, etc, melhor. Está vendo essas cortinas ou essa toalha de mesa em sua casa? Pois mal bastariam para fazer um outfit na década de 80. Na novela todos os personagens abrem a boca de espanto e satisfação ao ver uma roupa virar o que hoje apelidamos de horrorosa. "Lucas" (Taumaturgo Ferreira) desmancha um modelo bonito, pega num retalho de tecido, enfia-o entre as pernas da sua modelo, dá um nó naquilo e pronto: o vestido vira sensação que todos gostariam de vestir. Vira "alta costura". Hoje é tirar tudo o que é pano em excesso! E aqui reside o outro aspecto aliciante de um remake: ajudar a mostrar uma moda, a criar uma "brand".

3) MERCHANDISING
Estive a ver os primeiros 20 e poucos episódios da novela e não existe merchandising. O que é fantástico numa novela cheia de potencial para o mesmo. Pranchas de surf, equipamento para surf, barraquinha de sumos, o universo de moda - tudo isto é um iman para merchandising. Pessoalmente DETESTO merchandising nas novelas - quase sempre exagerado ou notório. Em Top Model não existe. Por exemplo: Lucas e Duda estão no jipe bebendo guaraná pela garrafa. Quase nem se percebe que se trata de guaraná. Eles até fazem brinde mas a cena serve a história e não o contrário. Hoje teriam feito planos e planos dos guaranás, a casa de Gaspar seria um iman publicitário a marcas de cereais de pequeno-almoço e comida de cão - pois existe o Maradona e a pobre "Jane" (Carol Machado) não poderia ter a sua primeira menstruação sem fazer publicidade a uma marca qualquer de absorvente. 

Sinceramente, não encontro um conhecido rosto para protagonizar nenhum destas personagens. O certo, a meu ver, seria abrir castings a novos talentos - pelo menos para encontrar jovens actores para o núcleo infantil e assim poder usufruir do mesmo encanto que estes jovens nos trouxeram: eles mesmos para as personagens. Rapazes e raparigas dadas ao surf, seria um plus, já que neste elenco só Marcelo Faria (Elvis) parece saber ficar de pé numa prancha. Muitos rostos tiveram aqui a sua primeira aparição: Adriana Esteves que arrebenta ainda na TV Portuguesa como "Carminha", fez aqui o papel de "Tininha", moça que engravida do namorado logo nas primeiras transas. Drica Moraes (Violante em Xica da Silva) e suas sobrancelhas grossas também estrearam aqui, assim como as de Carol Machado, Flávia Alessandra, Gabriela Duarte etc. 

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